Apesar de ‘supertemporada’, setor turístico discute melhorias em SC
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Abrasel aponta que argentinos ‘salvaram’ a temporada em SC

Mesmo com a crise da economia brasileira, o movimento turístico na temporada de 2016 em Santa Catarina foi melhor do que em 2015. Com a alta do dólar, cresceu o número de turistas estrangeiros no estado, especialmente os argentinos, e favoreceu também a presença dos brasileiros, para quem as viagens nacionais não saíram tão caro quanto as internacionais.

Os dados são da segunda etapa de uma pesquisa feita uma semana depois do Carnaval, que ouviu 100 donos de bares e restaurantes em todo o estado que integram  Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Santa Catarina.

“A pesquisa deixa claro que se não fosse a desvalorização do dólar e a vinda de turistas para compensar a crise interna, não teríamos uma temporada tão positiva. Não é exagero dizer que a temporada foi salva pelos estrangeiros ”, afirmou Evandro Cesar Santos, conselheiro da entidade.

Percepção da temporada

Segundo o levantamento, para 78% dos entrevistados em Florianópolis houve a percepção de um aumento na presença dos estrangeiros, especialmente os argentinos. A primeira etapa foi coletada entre natal e Ano Novo.

Enquanto 59% dos consultados apontaram um movimento bom entre dezembro e o fim do Carnaval, 19% disseram ter sido excelente. Em Florianópolis, esta satisfação foi um pouco menor, 15%.

Apesar de ter recebido mais turistas nesta temporada, os entrevistados afirmaram que os visitantes gastaram muito menos, com exceção dos que vieram de outros países, 37% achou o poder aquisitivo dos clientes menor.

Entraves

Entre as maiores dificuldades da temporada, os altos custos do setor, como alta carga tributária e insumos cada vez mais caros, foram responsáveis por 27% das reclamações. Além disso, a pesquisa apontou que outro fator negativo é a falta de mobilidade, relatada por 22% dos consultados.

“O aumento do custo de negócio é gravíssimo, aumento de impostos que não estamos conseguindo repassar para o consumidor. Energia elétrica, taxa de água, IPTU, especialmente em Florianópolis tornaram o trabalho oneroso”, afirmou Santos.

Os problemas de balneabilidade das praias também apareceram com destaque, foram citados por 9% dos estabelecimento no estado, mas em Florianópolis, a percepção subiu para 15%.

Para os outros meses de 2016, metade dos proprietários tem uma expectativa de que será igual a 2015, enquanto 27% têm previsão de melhora e 25% esperam por meses mais difíceis.O estudo da Abrasel indicou ainda que boa parte dos donos de bares e restaurantes pretende realizar novos investimentos em 2016, 38% em SC e 43% em Florianópolis.

(G1 Santa Catarina, 18/02/2016)

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