Na rede mundial de computadores, as denuncias contra a prestação do serviço de táxis em Florianópolis se multiplicaram de forma vertiginosa desde que Guilherme Pontes relatou sua saga para conseguir uma corrida entre a rua Padre Roma e a Passarela Nego Quirido durante o Carnaval. No entanto, desde o começo do ano, apenas oito reclamações chegaram efetivamente à ouvidoria da Secretaria de Mobilidade Urbana de Florianópolis.
“Sem uma relação oficial, não temos os mecanismos para fazer a autuação. São poucas as reclamações que chegam até nós, e por isso não conseguimos agir”, declarou o secretário de Mobilidade Urbana, Vinicius Cofferri.
Segundo o secretário, o município está adotando novo procedimento junto ao cadastro de motoristas auxiliares para facilitar os trabalhos diante das denúncias. Ele também avalia que o município precisa adotar um novo modelo para trabalhar a qualificação dos motoristas de táxis.
“Recentemente fizemos a nova licitação e qualificamos a prestação do serviço, com carros mais confortáveis e seguros, agora é preciso trabalhar a qualificação do motorista também. Já temos uma parceria com o Sest/Senat, que oferece os cursos, e vamos trabalhar melhor isso”, afirmou.
Na internet, em poucos dias, os relatos de usuário ganharam grande repercussão, e se multiplicam a partir dos compartilhamentos. “Isso já aconteceu comigo em Florianópolis, o taxista foi super grosseiro, não denunciei. Realmente as pessoas devem denunciar, pois é um absurdo a atitude de alguns deles com os passageiros”, comentou uma leitora ao compartilhar a notícias divulgada na página do ND Online. “Uber em Floripa já”, disse outro.
João Lídio da Costa, vice-presidente do Sindicato dos Taxistas informou que o sindicato tem atuado quando há denuncia, mas confirma também que são poucos os casos que chegam oficialmente. “Essas reclamações não são comum, mas se todos exercerem sua cidadania e denunciarem as coisas podem melhorar”, afirmou.
Táxis antigos podem ganhar mais 15 anos
Incluídos no sistema em 2001 sem processo licitatório e com prazo de 15 anos, a permissão de 258 táxis mais antigos da cidade vencem este ano.
Para os novos permissionários, que já ingressaram no sistema através de licitação, está seria a oportunidade de o município elevar a qualidade dos carros que trabalham no serviço.
Isso porque as especificações de conforto e espaço, visíveis nos táxis que ingressaram nos processos de 2010 e 2015, não estão previstas para os 258 mais antigos. Atualmente, circulam pela cidade 620 táxis convencionais.
Em 2013, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina se manifestou no sentido de que os 258 táxis antigos da cidade deveriam necessariamente ser licitados, no entanto, o município e o Sindicato dos Taxistas recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) e aguardam decisão.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 11/02/2016.
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