Prefeito Dário Berger informou que a iluminação de um dos pontos turísticos da cidade deve sair do papel
Novas promessas de melhorias para o Parque da Luz, na cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz, foram feitas pelo prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), quando visitou pela primeira vez a Associação Amigos do Parque da Luz (AAPLuz).
A principal delas é a iluminação do local ainda em 2009.
A AAPLuz preserva o espaço público há mais de duas décadas.
O parque é uma das áreas verdes da cidade, estruturada para o lazer com trilhas, bancos, campo de futebol e brinquedos infantis.
– Tem que ter iluminação aqui – pediu Lúcio dos Santos, morador da região há 25 anos.
Santos, com outros moradores, ajudou a arborizar o antigo descampado, já usado como cemitério, aterro de lixo e até por circos. A iluminação é uma antiga reivindicação. É comum a presença de usuários de drogas e moradores de rua no local, e a falta de infraestrutura e segurança inibem a presença de mais pessoas.
Segundo o diretor-superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), José Carlos Ferreira Rauen, a prefeitura e o Banco do Brasil firmaram convênio no final do ano passado para a liberação de R$ 3,5 milhões a fundo perdido para a reforma completa do Parque da Luz, incluindo a iluminação.
Associação cuida do espaço público
– Estamos à espera da liberação dos recursos para o início imediato da reforma – garantiu Rauen.
E o descaso não para por aí. Uma área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados, que envolve regiões das duas cabeceiras da ponte e o mar, foi tombado pelo governo federal em maio de 1997. Porém, várias construções foram erguidas, inclusive por órgãos oficiais.
– Quem deveria fiscalizar é o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) – lamentou o fundador e conselheiro-geral da AAPLuz, Lúcio Dias da Silva Filho.
O metro quadrado super valorizado e o simbolismo histórico-cultural da Ponte Hercílio Luz são alvo de especulações imobiliárias e de interesses da própria prefeitura.
Luta de décadas
> A Associação Amigos do Parque da Luz (AAPLuz) tem mais de 20 anos
> Com os moradores, os fundadores plantaram várias espécies da flora da Mata Atlântica e conseguiram preservar a área de mais de 37,5 mil metros quadrados
> Uma das maiores conquistas foi a proteção legal do parque com a classificação de Área Verde de Lazer
> O descampado que já serviu de cemitério e aterro de lixo, hoje tem espécies nativas como araçá-amarelo, aroeira, guarapuvu, pau-Brasil, amoreiras, pitangueiras e goiabeiras. Trilhas, bancos, brinquedos infantis e campo de futebol foram instalados no local
> Com o apoio de moradores e empresários, a AAPLuz mantém a preservação do parque e usa o espaço para desenvolver palestras de educação ambiental e visitas de grupos de estudantes
(Rony Ramos, DC, 03/02/2009)
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