Se Liga na Rede: número de irregularidades diminui

[Prefeitura de Florianópolis, 08/01/2015]

O mais recente relatório das medições do Programa Floripa Se Liga na Rede indica que, até o início de janeiro deste ano, foram realizadas 19.073 ações, entre inspeções e visitas realizadas em imóveis localizados na Barra da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras, Costa da Lagoa, Ingleses, Lagoa da Conceição e Ponta das Canas, e os números demonstram uma melhora em relação aos resultados apresentados em dezembro de 2014, quando foi realizada a 12ª medição.

Percentualmente, em 45,9% das inspeções realizadas as ligações estavam regulares e 54,1% das ligações apresentavam problemas.Para o secretário de Habitação, Domingos Zancanaro, embora os números não sejam os ideais, a cada nova medição as irregularidades vão sendo corrigidas.

“Isso demonstra que a ação da Prefeitura tem surtido efeito, e que as fiscalizações estão provocando o resultado que se espera. Em dezembro, o número de ligações com irregularidades chegou a 58,1%, e agora este número teve uma queda de 4 pontos, o que deve, sim, ser comemorado e indica que as ações precisam continuar, sobretudo neste período, quando a população nas praias aumenta de forma significativa”, disse o secretário.

Por causa disso, Zancanaro anunciou uma intensificação das fiscalizações já a partir dos próximos dias. “Apesar de o prazo para a realização das fiscalizações prosseguir até o final de fevereiro, ainda esta semana vamos discutir um novo aditivo de prazo, uma vez que ainda há recursos disponíveis. E não descartamos a ampliação do número de equipes para alcançar a meta de 40 mil inspeções”, complementou.
Na manhã desta quarta-feira (7), o secretário e o diretor de Saneamento, Carlos Alberto Riederer, acompanharam uma revisita em um imóvel na Cachoeira do Bom Jesus – um edifício com dois andares e quatro apartamentos – que na primeira inspeção apresentou algumas irregularidades.

“Tudo o que foi apontado na inspeção inicial foi corrigio rapidamente. As caixas de gordura foram instaladas e a ligação pluvial ajustada”, explicou Cesar Füllgraf, que divide a propriedade do imóvel com Luiz Carlos da Silva. Ambos reconhecem a importância da realização das modificações feitas a partir da inspeção inicial.
“Sabíamos que havia pequenos ajustes a fazer, e com a inspeção pudemos deixar tudo regular, o que era uma preocupação nossa. Assim, contribuímos com a melhoria da qualidade da água e da qualidade de vida”, destacou Silva.
As inspeções são realizadas por cinco equipes, que promovem uma vistoria do tipo “pente fino”, que abrange a integralidade do imóvel, e por isso algumas vezes o mesmo imóvel pode apresentar mais de um tipo de problema.  É por meio do uso de corantes, por exemplo, que a equipe de fiscalização confere o caminho percorrido pelos lançamentos do imóvel às redes de esgoto e pluvial. Na revisita, o processo é refeito para conferir os ajustes e correções.

A ausência da caixa de gordura, uma das falhas apontadas na vistoria inicial no imóvel de Füllgraf e Silva,  corresponde à segunda irregularidade mais frequente na Cachoeira do Bom Jesus, com 243 episódios. No bairro, só a não conexão à rede de esgoto sanitário apresenta uma ocorrência superior, com 276 casos.

Ao final da inspeção em Cachoeira do Bom Jesus, o secretário Domingos Zancanaro cumprimentou os proprietários pelas correções efetuadas nas instalações. “Muito obrigado e parabéns pelo resultado da reinspeção. Seu imóvel foi aprovado na avaliação”, comentou. “Então merecemos um certificado”, completou bem-humorado Cesar Füllgraf.
Problemas identificados

Considerando-se todos os bairros que estão sendo fiscalizados, entre os problemas apontados a ausência da caixa de gordura continua sendo a irregularidade mais frequente, com 2.436 ocorrências. Em segundo lugar, está a não conexão à rede de esgoto, anotada 1.393 vezes.

A água pluvial conectada à rede de esgoto (660 casos), a conexão parcial à rede de esgoto (632 casos) e o esgoto conectado à rede pluvial (108 casos) vêm na sequência É importante ressaltar que as demanda são diferentes em cada uma das localidades (confira os gráficos).

Entre as comunidades que estão sendo vistoriadas nesta etapa, por exemplo, Ingleses é a que apresenta o maior número de ligações com problemas: em um universo de 2.550 ações (entre visitas e inspeções), 70,6% das inspeções revelaram instalações com irregularidades.

A exemplo do que acontece na Cachoeira do Bom Jesus, também lá a não conexão à rede de esgoto sanitário corresponde ao principal problema verificado (511 ocorrências), seguido pela ausência da caixa de gordura (344 situações).

Já a Costa da Lagoa foi a localidade que apresentou o menor percentual de irregularidades (40,5 %), e também lá a ausência de caixa de gordura é a anormalidade mais frequente. E felizmente até este último relatório nenhuma ocorrência de esgoto ligado à rede pluvial foi identificado nas inspeções realizadas na Costa da Lagoa.

Sempre que  irregularidades são constatadas, a equipe de fiscalização (integradas por técnicos da empresa Avalius – Engenharia e Avaliação, técnicos da Casan, Vigilância Sanitária Municipal e Floram) notifica e orienta os responsáveis pelo imóvel a promover as adequações no prazo de 15 dias (que pode ser prorrogado por igual período), quando são feitas novas inspeções.

O relatório de janeiro mostrou que em 45% dos casos as irregularidades foram corrigidas,  em 37% dos casos as irregularidades continuam em aberto ainda dentro do prazo para adequação, e 18% dos casos foram encaminhados à Vigilância Sanitária e Floram para que sejam tomadas as providências legais necessárias.

Após a finalização das inspeções desta primeira etapa do Floripa Se Liga na Rede, uma próxima fase – então para atender as regiões do Centro e Continente – deve ser realizada.