ONG desenvolveu cartas de intenções para as políticas públicas de Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Esteio, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Ourinhos, Presidente Prudente, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. A intenção é pensar os problemas das cidades relacionando-os com o meio ambiente e estimular a participação da sociedade na política municipal
Você sabe quais assuntos são da competência do prefeito e dos vereadores? E que 90% dos casos de corrupção no município de São Paulo tem a ver com mudanças no zoneamento do solo? Esses são dois dos melhores motivos para levar o público a conhecer mais de perto as propostas da Ong SOS Mata Atlântica para as eleições municipais. Esta é a terceira eleição consecutiva em que o grupo desenvolve uma carta de intenções para pautar assuntos de grande interesse do população. A intenção é que os tópicos tratados não sirvam apenas para que haja uma concordância geral na hora do discurso no palanque, mas para que se crie uma relação de compromisso e cobrança real, tanto da parte de quem vota, como da de quem é votado.
O documento é político mas apartidário: não foi feito para apoiar o candidato A nem B, mas para incentivar a discussão em torno do que todos os inúmeros candidatos podem e se dispõem a fazer. Foram eleitas 16 diretrizes principais, entre elas dois dos assuntos que mais chamaram a atenção são:
– mobilidade, com a questão do trânsito se colocando como empecilho para a vida na cidade; com destaque para as necessidades dos deficientes físicos.
– o tratamento dado aos animais domésticos e abandonados, considerando que uma lei promulgada no dia 18 de abril de 2008, em São Paulo, determina que a eutanásia de animais saudáveis é proibida.
Entre as propostas da Ong – para contemplar essas diretrizes – destacam-se algumas muito objetivas. Com relação à educação ambiental, por exemplo, a SOS Mata Atlântica sugere que, já que o ensino dessa disciplina é obrigatório nas escolas municipais e considerando que 25% da verba da cidade vai necessariamente para a educação, poderia ser fixado um valor exato para esta atividade. Isso faria com que o foco para o assunto deixasse de ser tão difuso e incentivaria o envolvimento das crianças com questões ambientais, inclusive questionando os adultos sobre as sua posições quanto a temas de importância crescente e que muita gente ainda deixa de lado, como a separação do lixo reciclável.
A preocupação da Ong com o meio ambiente se evidencia, também, em outras propostas. Flávio Ojido, voluntário responsável pela apresentação da plataforma em São Paulo, destacou que dos 645 municípios no estado de São Paulo, só 2 deles têm um fundo de meio ambiente funcionando: São Paulo e Santo André. O sistema nacional para lidar com o setor foi criado antes mesmo do SUS – Sistema Único de Saúde, mas o SUS já foi implantado em todo o Brasil, enquanto que o sistema do meio ambiente continua existindo só no papel. Esse é outro destaque da plataforma: não se focar apenas no que precisa ser criado, mas no que já existe e precisa ser cobrado para que passe a funcionar de fato.
Outra atitude sugerida pela SOS seria a criação do IPTU verde, um desconto no imposto para quem tem áreas verdes em casa ou para construções feitas de maneira mais sustentável. Flávio dá um exemplo prático: se o tamanho das salas de um prédio for calculado em função do tamanho de azulejo que será usado como revestimento, 30 centímetros a menos no tamanho da sala podem evitar a necessidade de cortar centenas de peças cerâmicas, gerando menos detrito durante a construção – isso é sustentável – e fácil.
Flávio sugere que o mesmo raciocínio simples e eficiente seja aplicado na questão do lixo e do consumo. Para ele, as empresas se interessam pela coleta seletiva quando percebem que ela pode trazer um retorno econômico e essa parceria entre o setor público e o privado deveria ser estimulada. Já no consumo individual a questão do retorno ou do valor real dos produtos é colocada de lado pela vaidade. “As pessoas usam o dinheiro que não têm, para comprar coisas que não precisam e impressionar pessoas que não conhecem”, brinca.
QUESTÃO DE ATITUDE
O envolvimento com a política municipal está relacionado à impressão que as pessoas têm de que a política é algo que funciona melhor em grande escala, na esfera estadual ou nacional. Flávio admitiu ser ele próprio um dos que pensavam assim, mas agora se deu conta de que é no município que tudo de importante acontece. Esse talvez seja o mais importante objetivo da proposta: envolver as pessoas na política municipal e despertar a consciência de que os políticos são escolhidos por nós, eleitores e que nós podemos e devemos lhes cobrar atitudes sobre vários assuntos. Nesse sentido destaca-se a campanha de propagandas que está sendo realizada pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral – na televisão e que, segundo a SOS Mata Atlântica, tem chamado a atenção do público.
O texto completo da plataforma está disponível para download no site da Ong. Para saber mais sobre os candidatos a vereador e sobre o desempenho dos atuais responsáveis por escrever as leis do município de São Paulo – como a presença de cada um nas sessões e nas votações – acesse o site da Ong Movimento Voto Consciente ou do projeto Vereador Digital do jornal “O Estado de São Paulo”.
Você sabe quais assuntos são da competência do prefeito e dos vereadores? E que 90% dos casos de corrupção no município de São Paulo tem a ver com mudanças no zoneamento do solo? Esses são dois dos melhores motivos para levar o público a conhecer mais de perto as propostas da Ong SOS Mata Atlântica para as eleições municipais. Esta é a terceira eleição consecutiva em que o grupo desenvolve uma carta de intenções para pautar assuntos de grande interesse do população. A intenção é que os tópicos tratados não sirvam apenas para que haja uma concordância geral na hora do discurso no palanque, mas para que se crie uma relação de compromisso e cobrança real, tanto da parte de quem vota, como da de quem é votado.
O documento é político mas apartidário: não foi feito para apoiar o candidato A nem B, mas para incentivar a discussão em torno do que todos os inúmeros candidatos podem e se dispõem a fazer. Foram eleitas 16 diretrizes principais, entre elas dois dos assuntos que mais chamaram a atenção são:
– mobilidade, com a questão do trânsito se colocando como empecilho para a vida na cidade; com destaque para as necessidades dos deficientes físicos e
– o tratamento dado aos animais domésticos e abandonados, considerando que uma lei promulgada no dia 18 de abril de 2008, em São Paulo, determina que a eutanásia de animais saudáveis é proibida.
Entre as propostas da Ong – para contemplar essas diretrizes – destacam-se algumas muito objetivas. Com relação à educação ambiental, por exemplo, a SOS Mata Atlântica sugere que, já que o ensino dessa disciplina é obrigatório nas escolas municipais e considerando que 25% da verba da cidade vai necessariamente para a educação, poderia ser fixado um valor exato para esta atividade. Isso faria com que o foco para o assunto deixasse de ser tão difuso e incentivaria o envolvimento das crianças com questões ambientais, inclusive questionando os adultos sobre as sua posições quanto a temas de importância crescente e que muita gente ainda deixa de lado, como a separação do lixo reciclável.
A preocupação da Ong com o meio ambiente se evidencia, também, em outras propostas. Flávio Ojido, voluntário responsável pela apresentação da plataforma em São Paulo, destacou que dos 645 municípios no estado de São Paulo, só 2 deles têm um fundo de meio ambiente funcionando: São Paulo e Santo André. O sistema nacional para lidar com o setor foi criado antes mesmo do SUS – Sistema Único de Saúde, mas o SUS já foi implantado em todo o Brasil, enquanto que o sistema do meio ambiente continua existindo só no papel. Esse é outro destaque da plataforma: não se focar apenas no que precisa ser criado, mas no que já existe e precisa ser cobrado para que passe a funcionar de fato.
Outra atitude sugerida pela SOS seria a criação do IPTU verde, um desconto no imposto para quem tem áreas verdes em casa ou para construções feitas de maneira mais sustentável.
Flávio dá um exemplo prático: se o tamanho das salas de um prédio for calculado em função do tamanho de azulejo que será usado como revestimento, 30 centímetros a menos no tamanho da sala podem evitar a necessidade de cortar centenas de peças cerâmicas, gerando menos detrito durante a construção – isso é sustentável – e fácil.
Flávio sugere que o mesmo raciocínio simples e eficiente seja aplicado na questão do lixo e do consumo. Para ele, as empresas se interessam pela coleta seletiva quando percebem que ela pode trazer um retorno econômico e essa parceria entre o setor público e o privado deveria ser estimulada. Já no consumo individual a questão do retorno ou do valor real dos produtos é colocada de lado pela vaidade. “As pessoas usam o dinheiro que não têm, para comprar coisas que não precisam e impressionar pessoas que não conhecem”, brinca.
QUESTÃO DE ATITUDE
O envolvimento com a política municipal está relacionado à impressão que as pessoas têm de que a política é algo que funciona melhor em grande escala, na esfera estadual ou nacional. Flávio admitiu ser ele próprio um dos que pensavam assim, mas agora se deu conta de que é no município que tudo de importante acontece. Esse talvez seja o mais importante objetivo da proposta: envolver as pessoas na política municipal e despertar a consciência de que os políticos são escolhidos por nós, eleitores e que nós podemos e devemos lhes cobrar atitudes sobre vários assuntos. Nesse sentido destaca-se a campanha de propagandas que está sendo realizada pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral – na televisão e que, segundo a SOS Mata Atlântica, tem chamado a atenção do público.
O texto completo da plataforma está disponível para download no site da Ong. Para saber mais sobre os candidatos a vereador e sobre o desempenho dos atuais responsáveis por escrever as leis do município de São Paulo – como a presença de cada um nas sessões e nas votações – acesse o site da Ong Movimento Voto Consciente ou do projeto Vereador Digital do jornal “O Estado de São Paulo”.
(Planeta Sustentável, 17/09/2008)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |