Sob pressão política e acusado de irregularidades, o presidente da Comcap (Companhia Melhoramentos da Capital) Ricardo Camargo Vieira, vereador licenciado do PCdoB, pediu exoneração ontem. Desde 2 de dezembro de 2013 no cargo, Camargo Vieira apresentou a carta de renúncia durante reunião do conselho administrativo da empresa. O diretor de operações Marius Bagnati assumiu a presidência de forma interina. Até o fim da semana, o prefeito César Souza Júnior (PSD) anunciará o novo titular da companhia.
Bagnati já presidiu a Comcap em três oportunidades, entre 1986 e 1988, de 1993 a 1996, além de anteceder Camargo Vieira, entre 2011 e 2012. O interino anunciou duas auditorias, uma interna e outra externa para analisar um dossiê entregue ao conselho administrativo e ao prefeito, contendo supostas ações ilícitas de Camargo Vieira. “Depois de analisadas e comprovadas as irregularidades, certamente haverá um relatório que será divulgado”, disse Bagnati, sem detalhar as acusações.
Conforme o ND apurou, Camargo Vieira é acusado de efetuar contratações sem concurso público e com “supersalários”, além de assinar contratos sem licitação. Desde 1988, a Comcap, empresa de economia mista, cuja prefeitura é majoritária, não pode admitir funcionários sem concurso público. Ainda, só pode contratar serviços acima de R$ 16 mil mediante licitação. Uma das irregularidades apontadas é a contratação de uma funcionária para o setor de comunicação com o salário de R$ 14 mil.
Camargo Vieira nega as irregularidades e alega que a contratação por R$ 14 mil foi anual, para “auxílio técnico à comunicação da empresa”. “Se fosse R$ 14 mil por mês seria bastante, mas é por ano”, assegurou o ex-presidente.
Ricardo Camargo Vieira – ex-presidente
“Saí por pressão política”
Por que o senhor pediu demissão do cargo de presidente?
Devido à pressão política muito forte das empresas privadas, que são as grandes prejudicadas pela reestruturação que propus à Comcap.
Que pressão é essa?
Não é pressão do partido, nem do prefeito, é externa. Fazer funcionar a Comcap tem consequências. O meu projeto é de rentabilidade para que a companhia saia da mesmice e vá para frente, sem 17 paralisações por ano, como em 2012. Colocam questionamentos indevidos, maculam meu trabalho. Mas não vou me expor a essa situação se a vontade é deixar a Comcap na porcaria que está.
O senhor teve acesso ao dossiê entregue ao prefeito?
Vi alguns documentos, eram contratos estabelecidos recentemente para aquisição de materiais e processos licitatórios. Não existem irregularidades. Para analisar, suspendi todos os contratos, não só os indicados nos documentos.
O senhor fez contratações indevidas de pessoal?
Não há como contratar sem concurso público. O único suporte foi em comunicação, setor que a Comcap só tem uma assessora de imprensa e ninguém mais para cuidar das redes sociais, da imagem da empresa.
A contratação desse funcionário foi com salário de R$ 15 mil?
Foi de R$ 14 mil.
Não é um valor alto?
Se for por mês, como estão falando, é bastante sim. Mas a contratação é por um ano, mais o período de férias da assessora de comunicação. Não precisava de concurso neste caso.
O senhor vai voltar para a Câmara de Vereadores?
Sim, só saí para assumir a presidência da Comcap, agora retorno ao meu trabalho como vereador.
O senhor pretende adotar postura de situação ou oposição?
Minha postura é de oposição dialogada e propositiva. Minha capacidade técnica de gestão me levou a assumir a Comcap. Vou continuar com a mesma postura de sempre.
Marius Bagnati – presidente interino
“Auditorias vão esclarecer caso”
O senhor teve acesso ao dossiê contendo as denúncias?
Esse material foi entregue ao grupo gestor e aos conselhos fiscal e administrativo na semana passada e pegou o governo de surpresa. O material contém supostas ações ilícitas praticadas em fevereiro. É tudo muito recente.
Há alguma irregularidades já comprovada?
As auditorias interna e externa vão esclarecer isso e emitir um relatório. Seria uma irresponsabilidade minha como diretor de operações comentar o conteúdo. Isso está a cargo do setor administrativo da companhia.
O ex-presidente cita pressão de empresas privadas na Comcap. Que relação a companhia tem com o setor privado?
Não tem qualquer relação, isso não é verdade. Ele fez referência à coleta seletiva, afirmando que 40% do material é remetido às cooperativas e 60% ao setor privado, o que não é verdade. Temos três cooperativas oficiais e entre 15 a 17 pequenos parceiros, que são associações menores, formadas por grupo de pessoas que coletam os materiais em Florianópolis e na Grande Florianópolis. Reitero, a Comcap não tem nenhum tipo de parceria com empresas.
As recentes denúncias e a saída do presidente arranham a imagem da empresa pública?
Um fato como este não é bom para qualquer empresa que tem aceitação pelo serviço que presta a comunidade. Acho que compromete em partes, mas o prefeito César Souza Júnior tomou a medida correta.
(ND Online, 17/03/2014)
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