Estradas assassinas

Da coluna de Moacir Pereira (DC, 17/02/2014)

A pavorosa cena, exibida nos veículos do grupo RBS, chocou todo mundo. Uma grossa lâmina de aço, concebida para proteger veículos, penetrou como uma flecha assassina no meio de um veículo Celta no elevado do Itacorubi, SC-401, a rodovia mais movimentada da Ilha de Santa Catarina. Uma tragédia, um horror!

É provável que o motorista ali trafegasse em alta velocidade. Mas o que ocorreu ali pode se repetir em outros trechos daquela rodovia e de outras estradas estaduais catarinenses. Por uma razão muito simples: os guardrails de ferro não têm a devida manutenção. Na mesma SC-401 o perigo está instalado em vários trechos, com o ferro retorcido e até com pontas para dentro do asfalto, como uma armadilha mortífera.

O leitor Carlos Enaude Correa sintetizou seu espanto e indignação com o que ocorreu e que pode se repetir em outras estradas de responsabilidade do Deinfra:

– Mais duas vidas foram ceifadas na manhã de sábado, sob o elevado do Itacorubi. Nada justifica o excesso de velocidade, mas também é inadmissível aquele guardrail, apontando como um aríete para os veículos que ali passam. O início dele era junto do muro de concreto, com o passar do tempo e devido às batidas, foi encolhendo e estava a mais de 10 metros, após o muro. O Celta acidentado só derrubou 4 postes, já existiam 8 quebrados. E foi deixada aquela ponta ameaçadora, sem ao menos enterrá-la no solo.

Há, também, outras áreas em que exigem barreiras New Jersey, que dão mais segurança aos veículos. Os usuários querem saber quando o Deinfra vai recuperar estes assassinos guardrails. E também quando a Polícia Rodoviária, eficiente com radares escondidos, vai cobrar do Deinfra mais segurança aos usuários.