Materiais da reforma do Mercado Público são testados

Todo cuidado é pouco nas obras de recuperação do Mercado Público, patrimônio histórico municipal. Enquanto os funcionários da JK Engenharia, empresa que venceu a licitação, trabalham na Ala Norte, quatro testes estão sendo feitos com materiais que serão usados para a recuperação do prédio.

Um deles, no outro lado da cidade, em um prédio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), verifica a qualidade das telhas francesas que substituirão as atuais telhas da Ala Norte. Outros três são realizados no local da obra: pintura, reboco e protótipo das portas do Mercado.

Os testes determinam se os fornecedores estão dentro das normas técnicas exigidas e se são adequados para a recuperação da arquitetura original do prédio. Os resultados devem ser conhecidos no dia 7 de fevereiro.

O engenheiro responsável pela obra no Mercado, Dalton da Silva, explica que cinco profissionais do Serviço de Patrimônio Histórico de Florianópolis (Sephan) estão acompanhando os procedimentos. Uma empresa especializada foi contratada para realizar os testes de pintura e reboco.

Na tinta são observadas a coloração e uniformidade, por exemplo. Um dos requisitos para o reboco é não ter cimento. Além disso, dois testes com as portas já foram feitos. Uma marcenaria está produzindo protótipos para recuperar as portas originais, que eram inteiras e atualmente têm uma parte superior fixa. Só depois dos testes os materiais vão para linha de produção para serem usados na reforma. O mesmo ocorre com as telhas.

Silva conta que foi difícil encontrar a telha francesa. Quando a Ala Norte pegou fogo, em 2006, a prefeitura recuperou o prédio, mas as telhas vieram de inúmeros fornecedores e apresentam tamanhos variados, formando goteiras.

Telhas passam por prova de resistência e absorção

Na recuperação da ala, toda a cobertura será substituída por telhas de apenas um fornecedor.

– Já estávamos prevendo essa dificuldade. O restante da obra na ala será entregue no prazo, dia 31 de março – garante Silva.

A qualidade das telhas, que vieram de uma olaria no Sul do Estado, está sendo testada no Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC), do curso de Engenharia Civil da UFSC.

Os procedimentos devem atestar a impermeabilidade, a resistência e a absorção de água.

Em relação às obras na Ala Sul, a previsão de início é no fim de abril, prazo para a saída dos comerciantes.

(Diário Catarinense, 31/01/2014)