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Em dia-chave para o transporte coletivo de Florianópolis, pode haver paralisação e até greve

Os ônibus do transporte coletivo de Florianópolis vão parar hoje, por algumas horas, como aconteceu na semana passada? Poderá haver uma greve dos motoristas e cobradores, após assembleia marcada para as 22h? Tudo é possível. Portanto, os usuários do sistema devem ficar atentos à movimentação de motoristas e cobradores.

Na semana passada, na quinta-feira à tarde, durante cerca de duas horas, e na sexta-feira de manhã, por aproximadamente uma hora, os trabalhadores ligados ao Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo) fizeram duas paralisações. Eram protestos em relação à decisão do TRT/SC (Tribunal Regional do Trabalho), que vai julgar hoje, às 13h30, o dissídio coletivo da categoria. Isso porque patrões e empregados não chegaram a um acordo.

O Setuf (Sindicato dos Empresários) afirmou que vai acatar a decisão judicial. Às 22h, os trabalhadores fazem uma assembleia para avaliar o que aconteceu no TRT. Há possibilidade de uma nova greve. “Vamos avaliar a decisão da Justiça. Está na mão da categoria. Não somos nós que vamos decidir”, afirmou o secretário de organização do Sintraturb, Antônio Martins.

Questionado se motoristas e cobradores podem fazer uma paralisação-relâmpago durante o dia, como na semana passada, Martins deixou a resposta no ar. “É uma possibilidade, mas não é certo”, disse.

O secretário de Mobilidade, Valmir Humberto Piacentini, não acredita que haja uma nova paralisação hoje. Quanto à greve, diz que é preciso aguardar. “Tudo é possível. Esperamos que não, que o bom senso prevaleça, mesmo porque a população, que é quem sofre, está totalmente contra”, afirmou.

As disputas tiveram seu ápice nos dias 10 e 11 de junho, quando os trabalhadores fizeram uma greve. Mas, embora eles tenham voltado a trabalhar, não houve acordo com os empresários do Setuf. O principal ponto de divergência era o pedido de redução da jornada de 6h20 para 6 horas e extinção da jornada de 3 horas.

Entenda o caso

10 de junho – Trabalhadores do Sintraturb entram em greve por tempo indeterminado por discordarem da proposta do Setuf. A principal reivindicação dos trabalhadores é a redução da jornada de trabalho de 6h20 para 6 horas e a extinção das jornadas de 3 horas.

11 de junho – Trabalhadores encerram a greve, mas não entram em acordo com os empresários. Os sindicatos também não cumprem determinação de frota mínima, que teve ordem judicial.

12 de junho – TRT/SC determina o bloqueio de R$ 200 mil de contas bancárias de cada um dos três sindicatos envolvidos com a greve do transporte coletivo.

4 de julho – Em reunião de conciliação do TRT, não há acordo. Tribunal anuncia que vai julgar na próxima segunda-feira [hoje]. Trabalhadores fazem uma paralisação de cerca de duas horas durante à tarde.

5 de julho – Há outra paralisação pelo mesmo motivo, de cerca de uma hora. Passageiros fecham a Paulo Fontes em protesto.

Hoje – No início da tarde, o TRT julga o dissídio coletivo. Setuf diz que vai acatar decisão. Trabalhadores fazem assembleia, às 22h, para avaliar a situação e nova greve não está descartada.

(ND, 08/07/2013)

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