Guerra da mobilidade
10/05/2013
BNDES libera verba para projetos no trânsito da Grande Florianópolis
10/05/2013

Parte do problema de mobilidade na Grande Florianópolis é consequência da estagnação no número de usuários de transporte coletivo.
A quantidade de passageiros que usa ônibus intermunicipais em Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis se manteve estável na década, aponta estudo do Deter que analisou o intervalo de 2001 a 2011. No mesmo período, a quantidade de carros e motos nas ruas destas cidades cresceu 105,5%, chegando a 421.148 veículos.
A opção pelos carros ou motos se explica porque nestas cidades o transporte coletivo nunca ganhou planejamento de longo prazo. Os ônibus não contam com corredores exclusivos e disputam espaço com veículos mais ágeis.
As desvantagens poderiam ser amenizadas se houvesse uma estratégia regional de transporte, mas os principais municípios jamais sentaram à mesa para debater o tema e encontrar saídas em conjunto. O que já não é bom fica ainda pior entre janeiro e março. Estudos da Santur mostram cerca de 500 mil pessoas passam nesses meses pela região. Se as complicações com o verão são passageiros, os problemas gerados pela geografia da região não podem ser contornados.
Crescimento populacional fica acima da média do país
Todos os deslocamentos de entrada e saída de Florianópolis exigem travessia em uma das duas pontes que ligam a Ilha ao Continente.
As dificuldades só aumentam porque o crescimento populacional na região supera as médias nacional e estadual. Enquanto o país aumentou 12,3% sua população na última década, o número de moradores de Palhoça, por exemplo, subiu 34,94% e o de São José, 21,14%.
O crescimento econômico também influencia nos problemas de trânsito. As casas e prédios se concentraram em determinados locais e os comércios em outros. As pessoas saem dos mesmos lugares e têm os mesmos destinos.
(DC, 10/05/2013)

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