Outro dia mencionei aqui a história dos turistas que param no meio da Beira-mar, perdidos, sem saber para onde devem seguir. A leitora Simone Zanella traz importantes observações sobre o caso, chamando atenção para a sinalização precária e alternativas viárias equivocadas. “Exemplos não faltam: retornos inexistentes e ou a quilômetros do local de necessidade – vide a imbecilidade que fizeram na saída do centro tecnológico, a Tecnópolis, no João Paulo –, quem sai de Santo Antônio de Lisboa e quer ir ao Cine Paradigma, tem que ir até o trevo de Cacupé pra fazer o retorno! E quem se engana vindo da Beira-mar pra ir ao Sul da ilha e se perde e tem que subir o elevado Dias Velho? Volta como? Tem que atravessar a ponte e… ? Pensa ser um turista, te põe no lugar dele! E dentro da cidade? A sinalização é completamente falha, fora que as placas estão sempre em cima do local! Em Ratones, vários turistas entram porque a placa está com uma seta para Ratones, Jurerê e Daniela, mas quando chega em cima do trevo de Ratones que tem uma plaquinha, bem simples, pequenininha, dizendo que é Ratones à direita… daí já viu, tem turista que anda até quase a trilha pra Costa e só aí se dá conta que não é praia”.
Exemplo
Um caso que abordei aqui em 17 de maio de 2010 foi o retratado pela imagem: como assim “Palácio do Governo” à direita, como indica a placa? Quem trafega no aterro da Baía Sul, sentido Centro – ponte Colombo Salles já deve ter se intrigado inúmeras vezes com essa informação. Faz tempo que não há palácio do governo no Centro, exceto o Palácio Cruz e Sousa, que é sede do Museu Histórico de Santa Catarina.
Perigo
Há quem tema que a revitalização do Aterro da Baía Sul, de acordo com o projeto original do paisagista Roberto Burle Marx, possa mais servir à presença de craqueiros e moradores de rua do que à população trabalhadora e aos turistas. Aliás, foi exatamente o que ocorreu depois da revitalização da Praça 15 de Novembro. O local voltou a ser invadido por malas, que ameaçam e assaltam quem se arrisque a passar pela área nas horas frias das noites ou dos fins de semana.
Risco
Amigo da coluna diz que é fã do tradicional bloco Sou + Eu, mas está preocupado: a concentração na Praça Pereira Oliveira vai destruir o espaço e transformar em banheiro público o Teatro Álvaro de Carvalho. Aliás, por se tratar de um equipamento cultural histórico (e tombado) não parece arriscado permitir essa concentração ali, uma vez que os foliões costumam perder o controle depois de ingerir bebidas alcoólicas?
Mágoa de…
A União da Ilha da Magia explicou na quarta-feira (23), num comunicado distribuído pelas redes sociais, por que não realizará desfile na Lagoa da Conceição, conforme queriam muitos de seus integrantes e simpatizantes e até mesmo autoridades municipais da Capital. Uma das razões é a falta de dinheiro, que inviabilizaria a montagem do desfile, comprovadamente de alto custo.
… sambista
Outra razão apontada pela União da Ilha da Magia é a falta de segurança. “Com a violência que atormenta nossas famílias diariamente, como será a segurança de nosso povo?”, argumenta a diretoria, cheia de razão. A nota da nossa mais jovem escola é dura no seu fecho: “Também precisamos lembrar que as escolas foram tratadas com desprezo e desconsideração (pela prefeitura)”.
Suspeita
Há inúmeras especulações sobre os reais motivos que levaram a prefeitura – ainda no mandato de Dario Berger – a suspender o repasse de recursos às escolas de samba. Uma das razões seria explicada pela contabilidade, digamos, pouco consistente, que algumas agremiações apresentaram em relação ao Carnaval anterior (2011). Por “pouco consistente” entenda-se suspeita mesmo.
Raízes
A mais autêntica cultura da Ilha de Santa Catarina estará em movimento nesta sexta (25), a partir das 20h30, durante a terceira Noite Cultural do Engenho dos Andrade, em Santo Antônio de Lisboa, com apresentações artísticas que têm o objetivo de “custear a vivência de músicas, danças, estórias e a gastronomia da Ilha de Santa Catarina, feitos por pessoas que admiram nossa cultura”. Parte do Grupo Engenho estará presente para a animação cultural.
Investigação
A presença de um parque de diversões particular, no Parque de Coqueiros, está rendendo uma investigação do Ministério Público do Estado, que pretende apurar responsabilidades pelo uso do espaço público. Conforme antecipamos aqui, o secretário do Continente, João Batista Nunes, determinou a saída do parque até dia 31 deste mês. A ocupação irregular foi autorizada em 2012.
Outro lado
Dois amigos manifestaram-se no Twitter sobre críticas de leitores à muvuca do verão em Florianópolis, registradas aqui na coluna:
è Do @Damião_ND, só reclamação. Eu vivo em Jurerê, em março acaba, é só ter paciência. O turista tem direito de desfrutar da cidade por dois meses. [Jornalista Paulo Brito]
è Ô, @Damião_ND, endossas ‘mimimi’ contra restaurantes estarem lotados na alta temporada? Pois tomara que lotem o ano todo também! Tás tolo? [Ernesto São Thiago, diretor da Acif]
Saída
Que bom que a prefeitura de Florianópolis está estudando a abertura do Terminal de Capoeiras, jamais ativado pela administração anterior. Projetado para ser parte importante do Sistema Integrado de Transportes, na gestão de Angela Amin, o terminal absorveria as linhas procedentes de Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça, reduzindo a circulação de ônibus na ilha. Uma proposta, portanto, absolutamente correta.
Intervenção
Mais um acesso da BR-101 foi fechado em Palhoça, desta vez nas proximidades do shopping Via Catarina. Filipe Scotti diz que a Autopista Litoral Sul e a Polícia Rodoviária Federal fizeram bem ao interditar a saída, porque confundia os usuários, causava engarrafamentos e constantes problemas para os motoristas.
(Por Carlos Damião, ND, 24/01/2013)