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Empresa que vai operar transporte marítimo sai em até 60 dias

Edital foi lançado. Faltam projetos, licenças ambientais e construção de atracadouros

Um longo caminho até o mar é o quem têm os gestores da Prefeitura de Palhoça. Após o lançamento do edital para a contratação da empresa que irá operacionalizar, planejar e executar os projetos do Sistema de Transporte Marítimo de Palhoça, na tarde de ontem, o próximo passo será terminar os estudos para então solicitar aos órgãos competentes as licenças ambientais para construção dos atracadouros.

O município pretende oferecer a navegação a bordo de um catamarã, modelo utilizado na travessia Porto Alegre- Guaíba (RS) desde a última sexta-feira, 28. “Apesar da falta de apoio e de engajamento do poder público estadual e municipal da região metropolitana, Palhoça está fazendo a lição de casa para minimizar os problemas da mobilidade urbana da Grande Florianópolis”, disse o prefeito Ronério Heiderscheidt.

Na capital gaúcha foram necessários quatro anos de estudos e planejamento para que o sistema de transporte marítimo saísse do papel. Em Palhoça os preparativos iniciaram no mês de julho de 2010. No entanto, não há ainda previsão de quando esteja operando.

O gerente operacional da CATS, empresa que opera o sistema no Rio Grande do Sul, Carlos Bernard, lembra que a maior dificuldade está na cultura arraigada do sistema rodoviário. “Aos poucos as pessoas se habituam ao sistema e com as vantagens advindas da economia de tempo”, defende.

Edital prevê quatro pontos de embarque e desembarque

O edital, além de selecionar a empresa que vai desenvolver a viabilidade sócio e econômica, apresenta como quesitos a elaboração dos projetos técnicos a serem desenvolvidos por solicitação da Superintendência do Patrimônio da União e a criação de quatro estações de embarque e desembarque nos bairros Ponte do Imaruim, Praia de Fora, Enseada de Brito e Praia do Sonho.

O prazo para a execução do processo licitatório é de até 60 dias. Para a prestação de serviço, a empresa terá que cumprir ainda 17 itens como a capacidade de fornecer três embarcações com capacidade de até 150 lugares cada uma, sendo que pelo menos 60% dos passageiros devem viajar sentados. A velocidade da embarcação também foi determinada: 20 nós por hora com tempo de viagem no máximo de 20 minutos.

“A partir de agora estamos em busca de resolutividade para colocar, de uma vez por todas, o barco na água. Nem que seja apenas no trecho que compreende Palhoça”, disse prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt.

(Por Alessandra Oliveira, ND, 01/11/2011)

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