Varejo sustentável

Artigo escrito por Sergio Medeiros – Presidente da FCDL/SC (DC, 21/07/2011)

O varejo está assumindo seu papel no esforço pela construção de uma sociedade sustentável, e isso representa um compromisso de muita amplitude. A começar pelo fato de ser o comércio a atividade econômica com maior envolvimento humano e de ser a ponta final do processo ou seja, o maior e principal contato com os consumidores é dos lojistas. Essa característica, portanto, nos habilita e responsabiliza, em simultâneo, a influenciar uma grande parcela da população. Em razão disso e, em especial, de nossa evolução acerca da consciência ambiental, investimos em um programa que é o primeiro estágio na construção do varejo sustentável, o Recicla CDL.

Nossa expectativa é de tê-lo como indutor de uma escalada pela redução no consumo de materiais e energias não renováveis, reaproveitamento de itens e a máxima reciclagem possível. Isso representa um volume gigantesco se multiplicarmos pela quantidade de pontos de venda em nosso Estado e todos os bens comercializados. Acrescente-se a esse rol o descarte natural de equipamentos eletrônicos – telefones, celulares, computadores e periféricos, baterias, etc. – e o residual de milhares de restaurantes, bares e lanchonetes.

Em síntese, se o varejo e os consumidores evoluírem no mesmo ritmo, expressiva proporção do problema do lixo estará bem encaminhada. Vamos depender muito da indústria, é claro, que certamente passará a fabricar produtos com materiais de baixo impacto e/ou recicláveis, além da parceria no destino final daquilo que comerciantes e clientes coletarem. O desafio é de longo prazo e crescente. Todavia, apostamos na credibilidade e na força do movimento lojista para exercer o efeito multiplicador.

Nossos primeiros passos mostram que os custos caem e o valor de marca se eleva quando os empresários apostam na sustentabilidade. E o mais importante: a adesão representa um caminho sem volta na defesa do planeta.