Se quiser implantar o sistema BRT, como prometeu, prefeitura de Florianópolis terá que realizar profundas mudanças
Você trocaria o conforto do seu carro por um ônibus que não fique parado nos engarrafamentos, chegue na hora certa, tenha prioridade nos semáforos e seja integrado com carros, bicicletas e táxis? Se a resposta for sim, há bons motivos para ficar atento às discussões do sistema BRT (Bus Rapid Transit).
Curitiba foi pioneira ao implantar o sistema, em 1979. Depois, o modelo se espalhou pelo mundo. Com a Copa do Mundo 2014, o BRT voltou à tona. Nove das 12 cidades-sede têm projetos para implementá-lo. O modelo coloca o ônibus como prioridade no trânsito. Uma das ideias são os corredores exclusivos, que garantem o escoamento rápido pois não há congestionamentos.
Na Grande Florianópolis, há dois projetos sendo discutidos atualmente. Um deles é tocado pela Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR), que assinou, em maio, um contrato de R$ 6,44 milhões para fazer o estudo de viabilidade econômica e ambiental de um transporte de superfície. Há opção de ser usado o BRT (ônibus) ou o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um tipo de trem ou metrô.
O outro projeto é da prefeitura da Capital, que quer o BRT. A promessa é que a licitação de estudo de viabilidade esteja na rua em setembro para projetar a linha Centro-Universidade Federal de SC (UFSC).
O Diário Catarinense conversou com o professor do Departamento de Automação da UFSC e especialista em Sistemas Inteligentes de Transportes, Werner Kraus Junior, e se debruçou sobre o Manual de BRT: Guia de Planejamento, lançado pelo Ministério das Cidades, para desvendar a tecnologia. Confira nesta página as principais características do sistema e a comparação com a atual situação do transporte público da Capital.
(Por Mauricio Frighetto, DC, 19/07/2011)
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