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Quarto acesso ficará entre a Beira-Mar Norte e o Estreito, e seguirá padrão das construções da Colombo Salles e Pedro Ivo

O governo do Estado já bateu o martelo. A quarta ligação entre a Ilha e o Continente será feita por uma ponte convencional, com um modelo similar ao das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles. A nova ligação será erguida entre a Avenida Beira-Mar Norte e o Bairro Estreito. E o projeto não se resume a isso, pois prevê ainda a construção de um aterro hidráulico para integrar o complexo à BR-101.

Ogovernador Raimundo Colombo guarda o projeto em seu gabinete. Em um book, de capa dura e na cor branca estão expostos detalhes do projeto. O material traz desenhos dos vários projetos pensados para a quarta ligação, como a ponte convencional, a ponte estaiada e o túnel subaquático. Traz também os motivos pelos quais o governo acabou optando pela ponte convencional. O túnel, embora tenha custo similar ao da ponte convencional, tem uma manutenção bem mais cara, até pela quantidade de energia elétrica que consumirá. Já a ponte estaiada foi descartada porque, mesmo com preço menor, encobriria a visão da Ponte Hercílio Luz, que é um patrimônio do Estado.

O custo estimado para a obra, que prevê a construção de uma ponte convencional com oito pistas e acesso de nove quilômetros até a BR-101, é de R$ 900 milhões. Para financiar o empreendimento, o governador pretende comercializar 500 mil metros quadrados do aterro hidráulico, via parceria público-privada (PPP). A área total do novo aterro é estimada em 1,78 milhão de metros quadrados. Destes, 509 mil metros quadrados serão destinados para o uso público municipal, estadual e federal.

Já os cerca de 776 mil metros quadrados restantes serão utilizados no sistema viário e equipamentos urbanos. O projeto traz propostas para o uso da área, com áreas verdes, estacionamentos, espaços para lazer, marinas, píer e áreas para o esporte.

Os desenhos que integram o material mostram ideias para a urbanização e aproveitamento dos espaços, como a construção de prédios modernos, embora Colombo já tenha adiantado que não serão erguidos “espigões” naquela área.

Tratativas com Marinha e órgãos ambientais

No momento, o governador trabalha em negociações para tirar o plano do papel. As tratativas envolvem órgãos ambientais e a Marinha, já que para chegar até a BR-101, uma nova via terá como obstáculo a Escola de Aprendizes-Marinheiros, no Bairro Estreito. Colombo aguarda estes contatos para anunciar o projeto para a sociedade.

A interlocutores, o governador afirmou que não queria anunciar uma obra com estas dimensões sem antes ter, por exemplo, um pré-estudo de viabilidade ambiental. Na sexta-feira passada, Colombo recebeu um laudo da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) atestando que a obra enfrentará alguns obstáculos ambientais, mas nenhum “intransponível”.

(Por Natalia Viana, DC, 08/07/2011)

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