Setuf e Sintraturb não se entendem e população corre o risco de ficar à pé
Em mais uma rodada de negociações, na tarde desta terça-feira (5), para decidir o futuro do transporte público da Capital, empresários e trabalhadores não se entendem, e, avaliações diferentes do encontro reascendem o risco de novas paralisações. A categoria reivindica redução da jornada de trabalho, reajuste salarial e fim da jornada de trabalho especial de três horas nos horários de pico, entre outras.
Logo após o encontro, opiniões divergentes mostram o clima de indecisão. Para o vice-prefeito e também secretário de transportes, mobilidade e terminais, João Batista Nunes, a reunião foi produtiva. “Fizemos uma proposta de reajuste salarial e será levada pelo sindicato à categoria. Foi bastante produtiva”, informou João Batista. Já o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano) afirmou que o encontro foi péssimo. “Eles insistem em discutir apenas as questões salariais, e nunca debatem nossas outras pautas de reivindicações”, declarou Antonio Carlos Martins, secretário de comunicação do Sintraturb. A categoria afirma que quer discutir os 79 pontos de uma lista de reivindicações.
Segundo o secretário do Sintraturb, Antônio Carlos Martins, os trabalhadores pedem insistentemente o cumprimento do acordo coletivo do ano passado, ainda em vigência até 30 de junho, que determina o máximo de 15% de trabalhadores em jornadas especiais nos horários de pico. “Existem empresas colocando até 40% de trabalhadores para cumprir a jornada especial. Se o acordo coletivo não for cumprido haverá paralisação-relâmpago”, ressalta.
Nova reunião dia 15
O reajuste salarial proposto pelo Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) foi de 8%. O sindicato pede um reajuste mínimo de 5% acima da inflação.
O presidente do Setuf, Valdir Gomes, afirma que a negociação salarial foi positiva e que a categoria tem o salário mais alto do Estado. “Eles precisam levar a proposta aos trabalhadores e debater”, afirma Gomes. A inflação acumulada de 2010 registrou crescimento de 4,7% IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e de 4,2% INPC (Índíce de Nacional de Preços ao Consumidor).
No próximo dia 15, sexta-feira, uma nova reunião vai discutir outros pontos de reivindicação da categoria, como a redução da jornada de trabalho e as jornadas especiais nos horários de picos.
(Por Fábio Bispo, ND, 06/05/2011)
Proposta dos patrões não agrada
Permanece o impasse nas negociações entre empresários e trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis. A proposta de reajuste de 8% no salário e no vale-alimentação, feita pelos patrões ontem, foi considerada insuficiente por motoristas e cobradores, que exigem a redução da jornada de trabalho. Por isso, a possibilidade de paralisações-relâmpago continua.
Segundo o diretor de comunicação do Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Florianópolis (Sintraturb), Antônio Carlos Martins, o sindicato patronal não discutiu pontos considerados importantes para os trabalhadores como a redução da jornada de trabalho de seis horas e 40 minutos para seis horas, e o fim da jornada especial de três horas, com incorporação dos funcionários ao sistema.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes da Silva, afirmou que outros itens serão discutidos na semana que vem.
(DC, 06/04/2011)