UFSC e Floripa
22/03/2011
Florianópolis, ano 285
22/03/2011

Parabéns clássicos nos 285 anos de Floripa

João Carlos Martins rege concerto que marca os 285 anos de Florianópolis

O trapiche da avenida Beira-mar Norte será o palco do concerto do maestro João Carlos Martins, que vai reger a Orquestra Filarmônica Bachiana, de Curitiba, na noite de hoje, véspera do aniversário de 285 anos de fundação de Florianópolis.

Após a música clássica, ocorre a apresentação de uma ala de ritmistas da Escola de Samba Vai-Vai, que homenageou João neste ano e foi campeã do Carnaval paulista. O coral Encantos, de Florianópolis, faz a abertura do show.

A promoção é do Supermercados Angeloni, com o apoio do Diário Catarinense e da Nestlé. Em entrevista por telefone ao DC, Martins antecipou que o repertório do concerto vai ter composições de Bach, Mozart, Beethoven e Brahms, “os quatro maiores pilares da música clássica”.

Em seguida, ao piano, o maestro faz um tributo a Ennio Morricone e Michel Legrand, dois compositores notáveis por produções de trilhas sonoras para o cinema.

– Em seguida a bateria da Vai-Vai irá incendiar a festa – diz.

O maestro João Carlos Martins se apresentou em várias cidades catarinenses. Esteve em Blumenau em meados dos anos 1950, para um concerto, bem no começo da carreira, quando tinha 15 anos. Era a primeira apresentação do jovem pianista fora de São Paulo.

O maestro, que já foi tema de documentário, agora vai para as telas no longa João, com direção de Bruno Barreto, previsto para começar a ser rodado em 2012. É um filme todo baseado na emoção. Como personagem principal, João diz que vai ajudar na produção e no final de março faz uma primeira leitura do roteiro. Mesmo com uma agenda intensa, vai participar dos preparativos do longa, assim como ocorreu com a Escola de Samba Vai-Vai:

– Não quero ficar só como homenageado. Acho que é importante participar, oferecer detalhes que só você sabe sobre sua vida. Esse é o meu jeitão.

Na música, além dos clássicos, o maestro tem especial admiração por Tom Jobim, Astor Piazzolla e Ennio Morricone. Diz que a música clássica sempre permanece viva e que mais de 90% da música popular desaparece, só algumas viram clássicos.

– É o caso de composições de Ari Barroso, Noel Rosa, Adoniran Barbosa – exemplifica.

Torcedor da Portuguesa de Desportos, Martins frequenta o estádio sempre que pode. Diz que está para a Portuguesa assim como o tenista Gustavo Kuerten está para o Avaí.

(DC, 22/03/2011)

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