Do homem e dos animais

Artigo escrito por Suzete Antunes, jornalista e voluntária da Proteção Animal (DC, 18/08/2010)

Depois de três anos de intensa atuação, a Associação Abaré de Proteção Animal deixa Florianópolis com seus fundadores, a família Ribeiro. Na bagagem, além do reconhecimento pelo trabalho sério e abnegado em prol dos animais abandonados, levam mais de 50 cães, entre os adotados pela família ao longo dos oito anos que viveu na Capital catarinense e aqueles monitorados na vizinhança. Dedicados voluntários, não deixariam para trás seus afilhados.

Mas tampouco os outros membros da “matilha Abaré” (que em tupi-guarani significa “amigo do homem”) ficarão desamparados: voluntários da ONG que permanecem na cidade se reuniram em torno da nova associação Protetores e Amigos Trabalhando pelos Animais (Pata), fundada no Dia do Amigo, 20 de julho. Como “filha mais velha” da Abaré, o grupo norteará seu rumo nos mesmos princípios da ONG original, com o foco nos animais e independência do poder público. O próximo final de semana marca essa passagem da Abaré para a Pata. No sábado, dia 21, acontece a Feira de Adoção mensal no Floripa Shopping, a última sob a bandeira da Abaré, pois as próximas edições já serão organizadas pela Pata. E no domingo, dia 22, uma feijoada pretende arrecadar recursos para adquirir os primeiros materiais de trabalho da ONG. O evento beneficente acontece a partir do meio-dia no Clube 12 de Jurerê Internacional.

Para quem acompanha o movimento de proteção animal, a profusão de iniciativas pode parecer dispersão de forças: Abaré, É o Bicho, Oba Floripa, Opa Brasil, Quero um Bicho, Mãe de Cachorro, Adote 1 Dog… Tanta diversidade se justifica. O importante são as bandeiras em comum que todos defendem: o bem-estar animal, a educação para a posse responsável e o combate aos maus-tratos e ao comércio de animais, com incentivo à adoção.