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Joaquim Inácio Campos Nóbrega Júnior

Artigo de Joaquim Nóbrega Jr
Presidente do Conselho Consultivo da FloripAmanhã

O Prefeito de Florianópolis começou o seu segundo mandato com a reestruturação do  secretariado, visando melhorar a eficiência da máquina pública, não simplesmente reduzindo a estrutura, com o discurso muitas vezes falso de cortar gastos, como acontece frequentemente.

Até aqui tudo muito bom, parabéns. Porém, anunciou a adoção de indicadores, o que parece promissor, mas depende muito de como vai defini-los. Serão somente para facilitar a comunicação com a população e se capitalizar politicamente? Ou serão para que a população tenha as informações que realmente lhe interessam? Esperar para conferir. Anunciou a adoção de metas. Aí caiu na mesmice, porque suas metas envolvem, principalmente, executar obras. Ora, obras são apenas meios para se oferecer serviços à população, necessárias, mas não suficientes. Na saúde, o que queremos não são somente postos de saúde e hospitais, queremos bom atendimento, isto é, não ter que esperar meses para sermos atendidos e ficar em salas de espera sem nenhum conforto. Os problemas de saúde são tempo-dependentes. Demoras podem levar a mortes. A falta de médicos e outros profissionais é outro problema. Não existe ainda como política pública, a medicina de estilo de vida, que é preventiva. Na educação, o que queremos é acesso a vagas e melhora da qualidade da educação. Os indicadores deverão ser aqueles que avaliam esses resultados.

Antes de tudo isso, deveríamos considerar o que é mais importante, isto é, qual é a vocação da cidade, o que gostaríamos que ela fosse, o que precisamos preservar e desenvolver, em termos de patrimônio histórico, cultural, de estilo de vida, etc. O prefeito já demonstrou capacidade de realização, o que nos anima a cobrar mais, já que tem um grande potencial a desenvolver. Os desafios existentes são enormes, e requerem coragem, ousadia e visão estratégica. Não dá para pensar pequeno. O tempo que antes tivemos, hoje não temos mais.

Precisamos de muitos recursos para investimentos, e os governos estadual e federal não tem o suficiente para isso. A saída é privatizar tudo o que for possível. Parcerias Público-Privadas (PPPs) não são os instrumentos para isso.

Hoje, vivemos aqui melhor ou pior do que há 10 anos? Se os problemas no dia a dia das pessoas se acumularam e se agravaram, a resposta é que, para a maioria, piorou e muito.

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