O projeto GEF Biogás Brasil lançou uma ferramenta digital inovadora para a simulação automática de rotas tecnológicas de tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU). O lançamento ocorreu no final de junho na sede da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis), em parceria com o Consórcio Multifinalitário (CIM-Granfpolis), na capital catarinense.
Além da ferramenta, foram apresentadas novas possibilidades de gestão de resíduos urbanos para os 22 municípios do consórcio. A equipe técnica do projeto utilizou a ferramenta digital para analisar milhões de combinações possíveis entre arranjos municipais e rotas tecnológicas de tratamento de RSU, avaliando impactos financeiros, sociais e ambientais.
Após a análise, foram definidas cinco rotas tecnológicas possíveis, três arranjos eficientes de municípios, e dois cenários finais recomendados, de acordo com pré-requisitos definidos pela Granfpolis. Os cálculos automáticos foram feitos com base em dados apurados pela equipe em junho de 2024. Entre os benefícios das possibilidades indicadas, estão a geração de novos empregos, a redução de emissões de gases de efeito estufa e uma gestão de RSU mais eficiente, ampliando a vida útil do aterro sanitário de Biguaçu (SC), que recebe os resíduos da região atualmente.
A simulação específica de rotas se insere nos esforços já empreendidos pela Granfpolis para revisar a gestão e o manejo atuais de resíduos nos municípios associados, com o objetivo de mobilizar gestores públicos para a adoção de práticas voltadas à economia circular e às metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares).
O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.
Representantes e especialistas do projeto e da Granfpolis também apresentaram os resultados da parceria durante um evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), na sede da instituição.
Além disso, os resultados foram discutidos durante uma sequência de palestras organizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no edifício da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FEESC), localizado no campus da universidade.
Pelo projeto GEF Biogás Brasil, participaram dos eventos o coordenador geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do MCTI, Rafael Menezes; o assessor da SETEC/MCTI, Gustavo Ramos; o especialista em Gestão de Projetos da UNIDO, Bruno Neves; o especialista em Políticas Nacionais da UNIDO, Tiago Giuliani; e o especialista em Gestão de RSU da UNIDO, Alaim Silva de Paula.
Pela Granfpolis, participaram o diretor executivo da associação, Marius Bagnati, e o gestor para a área de resíduos sólidos da instituição e engenheiro mecânico da Autarquia Melhoramentos da Capital (Comcap) da Prefeitura de Florianópolis, Wilson Cancian Lopes, além de membros associados e parceiros institucionais.
O evento na FIESC foi conduzido pelo presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da federação, José Lourival Magri. Já as palestras na UFSC foram organizadas pela professora do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da universidade, Mônica Luna, em parceria com o projeto GEF Biogás Brasil.
(Confira a matéria completa em Nações Unidas no Brasil, 05/07/2024)
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