Celular é caminho para fim da exclusão digital, segundo o Fórum Econômico Mundial
28/01/2010
Florianópolis: preparando tragédias morro abaixo
29/01/2010

Praia com o sotaque dos hermanos

Os turistas argentinos não são a maioria na orla, mas sua presença é facilmente notada

Os olhos às vezes podem enganar, mas os ouvidos não erram. O espanhol ligeiro é inconfundível e em alguns locais sobressai mais do que o português. São os argentinos, que todo verão marcam presença em Florianópolis, onde elegeram Canasvieiras, no Norte da Ilha, a praia para passar a temporada.

Apesar de os hermanos não serem a maioria na orla, ontem, o sotaque de Canasvieiras era o castelhano. Os argentinos costumam vir em família ou em grupos grandes. Montam barraca e se sentem em casa. A rivalidade no futebol não transparece na areia. Não hablar nem um poquito a língua, ou enjambrar um “portunhol” também não é problema. Todos se entendem.

As amigas Daniela Demis e Anabela Lopes não têm do que reclamar da temporada brasileira. Em sete dias fizeram um tour na Ilha e no último dia em Florianópolis, ganharam o sol de presente. Para celebrar, pegaram a boia amarela e foram curtir o mar tranquilo e de poucas ondas. Apesar de estarem hospedadas em Canasvieiras, a praia do Campeche foi uma das preferidas.

– Fantástica! – elas definem.

A argentina Marisa Drews veio com o marido e mais duas filhas. Os dois filhos não puderam passar esta temporada com ela no Brasil. Um está na Itália, o outro ficou em casa, na cidade de Corrientes. Para matar saudade, sem matar o dia de praia, ela leva seu laptop para a areia, de onde acessa o MSN. Marisa garante que nunca teve problemas com isso.

– Sempre trago comigo. Agora só estou aqui na calçada porque estava muito quente ali na areia – observa.

A argentina, que está de férias, afirma que o laptop é apenas para lazer. Trabalho, só quando voltar para casa, no dia 30 de janeiro.

O gaúcho Joecir Rocha está acostumado com os hermanos nessa temporada. Ele chegou, ontem, a Canasvieiras, e veio de Bombas, Norte de SC. O turista contou que em Bombas e Bombinhas só cruzou com argentinos. Na pousada, onde ficou, além dele e a mulher, só havia mais um casal brasileiro, todos os outros hóspedes vieram da Argentina.

– Aqui até acho que há bastante, mas não tanto quando lá – ressalta.

Os comerciantes de Canasvieiras também acham que poderia haver mais hermanos. O câmbio desvalorizado do peso argentino diante do real, que ontem valia R$ 0,487, é uma das possíveis explicações para a diminuição dos turistas argentinos.

– Além de não serem muitos, eles quase não estão gastando – acrescenta a gerente de uma loja de lembrancinhas, no centrinho de Canasvieiras, Daniela Tomé.

(DC, 28/01/2010)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *