Por Ci Ribeiro (Sambaqui na Rede 2, 26/11/2009)
Lembro a tod@s que entregamos à Ministra Dilma/Casa Civil e ao Gregolin/Pesca e a Senadora nosso o Manifesto da representação dos Maricultores no Conselho de Saneamento e tambem nossa solicitação de CONSULTA PÚBLICA TÉCNICA sobre a decisão do Conselho Municipal/Prefeitura/CASAN/Min Cidades/Casa Civil PAC. Tambem tivemos reunião com o Minist Público Federal, ANALUCIA HARTMANN para encaminhamentos de ações judiciaois cabíveis.
Nossa manifestação no Seminário chapa branca que busca referendar a proposta aprovada tambem terá papel importante na denuncia e busca de abertura de novos canais e interlocuções. Precisamos fazer desta reunião do Ribeirão de hoje a nmoite um momento de boas resoluções coletiva.
Com a decisão do Conselho Municipal de Saneamento aprovando o ACORDÃO montado entre Prefeitura/CASAN/Min Cidades/Casa Civil PAC, agora a coisa fica menos velada e vem a tona com clareza o uso real que sempre quizeram dar ao Rio Tavares e das Baias como corpos receptores dos ditos “Efluentes Tratados”.
A proposta de provisoriedade com ajustes de conduta e controle, feita pelo Manoel Renato da SNSA/Min Cidades, não se sustenta ao longo da avaliação histórica das ações de desrespeito da CASAN e Prefeitura com os sistemas atuais em operação e a falta de garantias aos instrumentos de monitoramento ambiental, sua divulgação aberta e controle social.
O proprio processo em curso de construção e debate de alternativas tem se demonstrado um jogo de carta marcadas. Todos que participaram da Audiencia Pública, articulada por nós do Movimento e convocada pela Comissão de Meio Ambiente da ALESC, com participação dos gestores federais, estadual e municipal, sabem que as salvaguardas e resoluções apontadas pela audiência se tornaram vazias de respostas positivas pela CASAN e Prefeitura, e agora tambem pelo Conselho Municipal com a sua resolução aprovada.
*
S A N E A M E N T O
Seminário “chapa branca”
atropela iniciativa comunitária
Confira a denúncia dos professores
Cesar A. Pompêo e Luiz Sérgio Philippi*
Senhores,
Recebemos e agradecemos o convite do Conselho Municipal de Saneamento de Florianópolis para o seminário ?Alternativas de Destinação Final de Esgotos Sanitários e Estudo de Emissário Submarino para o Município de Florianópolis?. Ao questionar a realização deste evento, apresentamos os seguintes argumentos.
O evento encontra-se definido exatamente em data na qual será realizada iniciativa de natureza comunitária, abordando a mesma temática de interesse a todo cidadão comprometido com o futuro desta cidade. Coincidência ou não, a ?2ª. Oficina de Sistemas Alternativos de Tratamento de Esgoto? já possui data marcada há algum tempo.
Conforme consta da primeira linha do convite, seu objetivo seria ?colocar em discussão com a sociedade de Florianópolis as questões que envolvem alternativas para a destinação final de esgotos sanitários?. Pautando-se por um convite dirigido a público tão restrito, em período tão curto para divulgação e em data coincidente com outro evento de mesma natureza, certamente este relevante objetivo encontra-se comprometido.
Também não nos parece que o seminário ?Alternativas de Destinação Final de Esgotos Sanitários e Estudo de Emissário Submarino para o Município de Florianópolis?, seja por sua denominação, seja por sua programação, realmente discutirá alternativas para destinação final de esgotos sanitários.
Senão, vejamos: o primeiro palestrante abordará a problemática local de esgotos domésticos, incluindo-se certamente, questões como a característica insular de grande parcela da superfície do município, a conformação geográfica da cidade em distritos relativamente espaçados, questões certamente não estranhas ao restrito público convidado. A segunda palestra pretenderá abordar alternativas de destinação final de efluentes pós-tratamento, ou seja, as reais alternativas de tratamento de efluentes não se constituirão aqui objeto de discussão. Na verdade, uma exposição acerca desta questão será realizada na terceira palestra na qual se propõe a uma avaliação dos condicionantes ambientais/financeiros de alternativas possíveis de tratamento de efluentes. Conforme o título da palestra, os critérios escolhidos para avaliação são dois: ambientais e financeiros. Em mais de trinta anos de docência e pesquisa, temos observado na postura das companhias estaduais de saneamento básico que o critério financeiro, considerado sob a ótica de manutenção do próprio sistema gerencial, sempre predomina. Outros critérios, como cobertura territorial, população atendida, ampla replicação de padrões tecnológicos, custos ? analisados além da ótica B/C restrita, desconsiderando aspectos econômicos ? , operacionalização, gestão e gerenciamento dos sistemas, bem como impactos ambientais, ficam para segundo plano.
A partir do exposto, observamos que o seminário proposto possui o objetivo de novamente reafirmar a alternativa já definida: sistemas fortemente centralizados, padrões tecnológicos não replicáveis a pequena escala, operacionalmente simples, rentáveis, ecologicamente insustentáveis et cetera.
Os resultados recentemente expostos sobre a reunião do Conselho Municipal de Saneamento, do dia 11 passado, revelam por si a alternativa que o Conselho busca viabilizar para o destino final dos esgotos em Florianópolis; esta é mais uma demonstração de que os preceitos estabelecidos na lei 11.445 que define a Política Nacional de Saneamento Básico, não estão sendo cumpridos. Resumidamente, relacionamo-los: a não participação da sociedade na execução do Plano Municipal de Saneamento; a falta de transparência evidente na condução das negociações com a concessionária dos serviços de saneamento, numa clara submissão da secretaria municipal aos seus projetos, sem considerar em estudos apontados por aquela, as alternativas possíveis; a garantia de que a universalização dos serviços de esgotamento seja atendida.
Para confirmar a excelência da alternativa de disposição pós-tratamento, o emissário submarino, convidados integrantes da SABESB, se farão presentes. Uma exposição desta natureza com integrantes de uma companhia estadual de saneamento, congênere à CASAN, em que pese a consistência técnica dos convidados, possui o mesmo efeito de apagar incêndios com baldes de gasolina. A título de ilustração, informamos que não existe em operação no Brasil um único sistema de emissário submarino de esgotos que realize lançamento pós-tratamento, exceto se o peneiramento seja considerado tratamento: todos lançam o esgoto praticamente bruto.
Ao final, para configurar o impoluto verniz da discussão aparentemente técnica, o colega Prof. Paulo Rosman, da COPPETEC/UFRJ, abordará aspectos conceituais acerca da modelação do escoamento na zona de lançamento de efluentes e a Biol. Regina Sáfadi exporá o padrão de qualidade dos serviços da TECAM.
Excetuando-se estes dois últimos palestrantes que não possuem compromisso com qualquer forma de disposição de efluentes, e também sem colocar qualquer sombra de dúvida acerca das convicções técnicas daqueles que os antecederão nas respectivas exposições, manifestamos o entendimento de constituir-se o Seminário apenas mais um evento-propaganda para reafirmar uma decisão que encontra-se questionada por aqueles que verdadeiramente se interessam por qualidade de vida, saúde e sustentabilidade.
Desta forma, existem razões suficientes para questionamento dos motivos e das definições que se fazem presentes no processo que inclui o referido Seminário. Mais grave ainda nos parece sua orquestração com a conivência dos atores públicos que deveriam zelar pelo bom cumprimento dos instrumentos legais estabelecidos pelo atual documento do Plano nacional do saneamento básico, o PLANSAB.
Por outro lado, acreditamos ser do conhecimento de alguns dos senhores, senão de todos, que foi realizada no salão do Clube Catalina, Campeche, em 26 de setembro a ?1ª. Oficina de Sistemas Alternativos de Tratamento de Esgoto?, fruto do trabalho coletivo de diversas entidades comunitárias. Aos que ainda não realizaram leitura do Relatório desta Oficina, podemos encaminhá-lo via correio eletrônico.
Em decorrência dos resultados atingidos e da repercussão daquela primeira iniciativa do gênero, será realizada às 14:00 do próximo sábado dia 28 de novembro a ?2ª. Oficina de Sistemas Alternativos de Tratamento de Esgoto?, desta feita a partir do esforço de entidades comunitárias do Norte da Ilha de Santa Catarina, no Colégio Santa Terezinha, rua das Safiras, atrás do Supermercado Angeloni, em Ingleses. Estas ações possuem a real intenção de discutir os rumos do tratamento de esgotos em Florianópolis. Retribuimos o convite, convidando-os para a verdadeira discussão.
Atenciosamente,
*Cesar A. Pompêo e Luiz Sérgio Philippi são pofessores do
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |