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O bizarro caso da estação de esgoto que não tem ponto de despejo em Florianópolis

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 18/07/2022)

Florianópolis tem uma estação de tratamento de esgoto (ETE) que está com 70% das obras concluídas, mas há o risco real dela não iniciar as operações mesmo depois de pronta. É que há um impasse sobre onde colocar o efluente tratado no nível terciário

Parte da comunidade não aceita o lançamento do resultado do tratamento no Rio Tavares e tampouco via emissário submarino. A ETE começou a ser construída no final de 2017.

O projeto previa o lançamento de tratamento terciário, o mais avançado, no Rio Tavares. Houve reação dos moradores, da comunidade da pesca e de órgãos de controle. Para buscar uma alternativa, a Casan ampliou o projeto e defendeu um emissário submarino no Campeche.

Mesmo utilizado e com sucesso no primeiro mundo, aqui não se aceitou. Para não perder os recursos da Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), na medida em que não há solução consensuada, a verba foi realocada para a obra dos Ingleses. O cenário do sul da ilha ainda é incerto.

A rede coletora no Campeche foi instalada em 2008. Nela, ligações clandestinas são feitas de forma irregular, na ausência da ETE.

— A cada novo pedido de estudo complementar nós perdemos dois anos, pois precisa analisar um período completo das estações do ano, fases da lua e marés. Enquanto isso, estamos poluindo o meio ambiente lançando esgoto in natura. Se a população estiver contrária e o Plano Municipal de Saneamento tiver retrocesso, há o risco da ETE ficar pronta e não poder funcionar — explicou a presidente da Casan, Roberta Maas.

O assunto foi discutido no programa Condomínio Legal do último sábado (16). Ouça:

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