Florianópolis se tornou global no turismo; o desafio é alcançar o mesmo na tecnologia

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 24/03/2025)

O que motiva um jovem nascido em Nova York pegar dois aviões para passar férias em Florianópolis no verão de 2025? Essa é uma prova de que a capital catarinense, com suas exuberantes atrações naturais, segurança e destaque no setor de tecnologia, já é referência no cenário global do turismo. O desafio, agora, é internacionalizar a tecnologia cidade, conhecida como “Ilha do Silício” do Brasil e América Latina.

Esse alerta é feito para o dia do aniversário de 352 anos de Florianópolis pelo presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), o empresário Diego Ramos, que é da capital. Ele reconhece que o município como polo tecnológico tem muito a celebrar.

– Florianópolis é um case único no Brasil. A cidade saiu de um cenário de poucas oportunidades há algumas décadas, onde os jovens eram atraídos pela qualidade das nossas universidades, especialmente a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mas acabavam direcionados para carreiras em estatais ou voltavam para as suas cidades de origem, para se tornar um dos principais polos de tecnologia e inovação do país. Hoje, 25% do PIB local vem do setor de tecnologia, um percentual sem paralelo entre as capitais brasileiras. São mais de 6 mil empresas, 12 bilhões de reais em faturamento anual e cerca de 39 mil empregos na área de tecnologia, com remuneração muito acima da média de mercado – destaca o presidente da Acate, Diego Ramos.

De acordo com ele, esse movimento impacta diretamente toda a economia local, desde o comércio até a construção civil, ajudando a transformar Florianópolis em um destino cada vez mais atrativo para empresas e talentos.

Na avaliação do presidente da Acate, a evolução desse ecossistema não pode parar. Uma necessidade é fortalecer a governança, uma sintonia com os diversos atores. Também é preciso retomar a conexão entre a academia e o setor produtivo para que mais pesquisas das universidades se tornem soluções para o mercado. E para enfrentar a disputa global de talentos em home office, é preciso que a cidade ofereça alta qualidade de vida.

– Outro desafio que temos é pensar globalmente. Florianópolis construiu um ecossistema forte, mas para crescer ainda mais, precisa mirar o mercado internacional. O Brasil representa apenas 2% do comércio global, ou seja, as empresas que focam apenas no mercado interno estão deixando de lado 98% das oportunidades – alerta Diego Ramos.

Nesse cenário todo, um desafio de Florianópolis para enfrentar melhor o presente e o futuro é oferecer educação e aprendizado de qualidade da creche ao aprimoramento empresarial. Para o presidente da Acate, Florianópolis se consolidou como polo de tecnologia, mas precisa acelerar.

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Defasada e com superlotação, penitenciária de Florianópolis custou R$ 15 milhões em 2024
24/03/2025
Antiga rodoviária de Florianópolis: abaixo-assinado rejeita leilão e pede recuperação para uso público
24/03/2025