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MCTI lidera iniciativa internacional para reduzir o consumo de plásticos descartáveis no setor de hotelaria e restaurantes

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está à frente de uma iniciativa global para combater a poluição plástica, em parceria com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O projeto ‘Ecossistema de inovação para a circularidade no uso dos plásticos: redução do consumo e eliminação dos plásticos de uso único no setor de hotelaria, restaurantes e cafés (HoReCa)’ busca desenvolver soluções inovadoras para reduzir a produção e o descarte de plásticos descartáveis.

“O combate à poluição plástica é uma das frentes prioritárias que estamos enfrentando”, afirma Leandro Pedron, diretor do Departamento de Programas Temáticos do MCTI.

Foco no setor de hotelaria e restaurantes

O projeto está direcionado ao setor HoReCa (hotéis, restaurantes e café), que é um dos grandes consumidores de plástico descartável. “O mapeamento não ocorre diretamente sobre o item plástico em si, mas sim com os setores responsáveis pelo seu consumo e a cadeia envolvida”, explica Andrea Cruz, coordenadora-geral de Ciências para Oceano e Antártica no MCTI.

A iniciativa também busca promover a economia circular, propondo alternativas para a reutilização ou eliminação do plástico na cadeia de produção e consumo. “O objetivo é avaliar por que um estabelecimento usa plástico descartável em vez de alternativas reutilizáveis ou biodegradáveis e, ao final do projeto, propor soluções viáveis para reduzir esse consumo”, acrescenta Andrea Cruz.

Execução e cidades-piloto

Com investimento de US$ 9 milhões para o Brasil, o projeto será implementado, inicialmente, em cinco cidades costeiras: Belém (PA), Salvador (BA), Santos (SP), Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro (RJ); além de São Paulo (SP).

As cidades foram escolhidas por suas características específicas. “Belém foi escolhida por conta da COP, uma oportunidade de divulgar o projeto e ampliar seu alcance. Santos é uma área portuária muito grande, com grande incidência de poluição por plástico, especialmente no canal de Guarujá, com dados que confirmam essa situação”, destaca Rothier Siqueira, analista de ciência e tecnologia da Coordenação-Geral de Ciências para Oceano e Antártica do MCTI.

Siqueira ainda explicou que, apesar de não ser uma cidade litorânea, São Paulo foi selecionada por ser sede de grandes empresas e tomadores de decisão na cadeia produtiva do plástico.

Estrutura e metodologia

Considerando as três fases básicas do ciclo de vida do plástico “upstream” (indústria produtora de plástico), “midstream” (distribuição, comercialização e consumo) e “downstream” (descarte e reciclagem), o projeto terá o foco no “upstream” e “midstream” objetivando principalmente eliminar o plástico de uso único, assim como conscientizar os atores envolvidos nesta cadeia sobre a necessidade de se evitar o comércio e o consumo de produtos fabricados com este tipo de plástico.

“A eliminação do plástico por meio da reciclagem não é a solução ideal. Então, a ideia é ‘fechar a torneira’, ou seja, evitar a produção do plástico desnecessário, incentivar a substituição deste material e o redesenho de produtos”, explica o analista. Ele alerta ainda para os riscos ambientais da poluição plástica: “O plástico, em forma de microplástico, que são partículas medindo até 5mm, tem grande impacto na cadeia alimentar de peixes, crustáceos e moluscos, chegando até o ser humano. Esse efeito traz um grande risco para a segurança alimentar do planeta”.

Impacto global e cooperação internacional

A iniciativa faz parte do GEF-8 e conta com a participação de outros 14 países. O MCTI participa ativamente na coordenação e na execução do projeto, oferecendo suporte com mão de obra, equipamentos e infraestrutura, sem aporte financeiro direto. A contribuição do Ministério está estimada em US$ 35 milhões ao longo do projeto.

Como parte da estrutura de governança, será criado um hub de inovação com a participação da academia, governo e indústria, que permitirá a troca de ideias e o desenvolvimento de soluções tecnológicas para substituição e redução do uso de plástico.

Cenário global e desafios futuros

A UNESCO alerta que, se nenhuma ação for tomada, até 2040 haverá mais plástico nos oceanos do que peixes. Os microplásticos ingeridos pelos peixes entram na cadeia alimentar humana, trazendo impactos ainda desconhecidos para a saúde.

O MCTI planeja a organização de seminários e reuniões para acompanhar os avanços do projeto e ampliar o debate sobre a poluição plástica. O desafio é grande, mas o Ministério segue comprometido em desenvolver soluções sustentáveis para reduzir o impacto do plástico no meio ambiente.

(Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 10/02/2025)

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