‘Desordem, em Florianópolis, não vai ter espaço’, diz Maryanne Mattos, da Segurança Pública
13/01/2025Cursos gratuitos de programação e criação de apps com inscrições abertas
13/01/2025Alerta sobre superlotação na Ilha do Campeche e outros destaques
Ilha do Campeche: limite é de 800 visitantes por dia. Foto: Allan Carvalho, divulgação
Da Coluna de Fabio Gadotti (fabiogadotti.net, 13/01/2025)
Documento enviado no início de janeiro pelo Instituto Ilha do Campeche ao Iphan-SC, ao Ministério Público Federal e à Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública alertou para a superlotação, desembarques não autorizados e atividades comerciais não regulamentadas no patrimônio natural.
Andreodara Schmitt, presidente do instituto, relatou que há um “aumento expressivo da presença de transportadores não autorizados (não signatários do TAC)” na ilha e que em diversos dias o número de visitantes chegou a superar o dobro do limite diário, que é de 800 pessoas. O “recorde histórico” de 1.825 desembarques teria sido registrado no último dia 6 de janeiro.
Ela registra ainda que “apesar da tentativa do município de regular e controlar a situação” por meio da publicação de uma portaria, “até o momento não se verificou melhora” do quadro. Andreodara classifica a situação atual como bastante preocupante” e pede a adoção de “medidas urgentes de segurança e fiscalização para ordenar a visitação pública à Ilha do Campeche”.
O ofício foi protocolado alguns dias antes do início do novo sistema de controle de acesso, instituído pela prefeitura de Florianópolis. Desde sábado (11), o visitante precisa emitir uma autorização disponível no site do município, necessária para entrar na ilha.
Na sexta-feira (10), a secretária de Segurança Pública e Ordem Pública, Maryanne Mattos, e agentes da Guarda Municipal foram à Ilha do Campeche e constataram a operação de embarcações irregulares. Ela anunciou o reforço da fiscalização para que as regras sejam cumpridas durante a temporada de verão.
Especialista em direito da orla, o advogado Ernesto São Thiago classificou o ocorrido como um “preocupante episódio de desobediência às normas judiciais e ambientais que regulam o acesso ao local”.
“A Ilha do Campeche é um patrimônio único, cuja proteção exige o comprometimento de todos”, afirma Ernesto, que chama a atenção para a necessidade de respeito às normas “para para assegurar que o turismo na região seja realizado de maneira sustentável e legal”.
