A luta contra a extinção da baleia-franca (Eubalaena australis) no Brasil recebeu um aliado tecnológico. Elas passarão a ser monitoradas via satélite a partir de Santa Catarina, em tempo real, para um melhor entendimento do ciclo migratório da espécie, o que pode ajudar na conservação do mamífero. As informações são do g1.
Para conseguir acompanhar as baleias-francas, os pesquisadores do projeto ProFranca, do Instituto Aqualie e do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul, colocaram transmissores em oito mamíferos que estavam em Imbituba, no Sul de Santa Catarina.
— Existem provavelmente três grupos de baleias que vêm em diferentes anos aqui para o nosso litoral. E é importante a gente entender como são os padrões de migração de todos esses grupos ao longo de vários anos — explica a diretora de pesquisa do Projeto ProFranca, Karina Groch.
O local onde elas foram “marcadas” é conhecido por ser um berçário natural da espécie. A atividade é histórica, já que é a primeira vez que isso é feito no Brasil.
— Esse tipo de transmissor tem a possibilidade de ficar vários meses transmitindo informação sobre os movimentos das baleias aqui no litoral catarinense. Desde o momento em que elas começam a migrar para as áreas de alimentação, permitindo a gente acompanhar e desvendar pela primeira vez a rota migratória das baleias-francas, saindo aqui do nosso litoral até as áreas de alimentação — completa Groch.
Aplicação dos transmissores
Já faz 15 anos que o biólogo Federico Sucunza possui a missão de aplicar os transmissores em diferentes espécies de baleias. Ele consegue implantar o transmissor através de uma espécie de arpão, com ar comprimido.
O processo não oferece risco às baleias, mas elas elas podem reagir ao disparo e causar um acidente pela proximidade com o barco.
— Já viajei quase todo o mundo colocando transmissores satelitais em várias populações, em várias baleias, de todos os oceanos. E aqui a gente tem esse projeto em rede que envolve África do Sul, Malvinas e Argentina — explicou Sucunza.
Após a aplicação, o transmissor fica aparente no dorso do animal. Sempre que a baleia for à superfície para respirar, o dispositivo vai emitir um sinal para os satélites, com a localização, em tempo real, de onde ela está.
Estudo pode proteger a espécie
A pesquisa busca identificar o caminho feito pelas baleias-francas no trajeto entre a Antártica e Imbituba, onde elas vêm ter os filhotes. Assim, os pesquisadores pretendem proteger esse corredor e preservar a espécie.
— Hoje em dia, a maior ameaça para a conservação das baleias a nível mundial é a colisão com embarcações. Como a gente sabe que ela vai utilizar esses corredores em períodos específicos, a gente pode fazer proposições, tanto de velocidade quanto de evitar essas rotas para minimizar o impacto — explica o biólogo.
Os pesquisadores também pretendem descobrir onde essas baleias se alimentam antes e depois de migrarem para Imbituba.
— Para poder realmente avaliar se o impacto que está acontecendo nessas áreas de alimentação está repercutindo na reprodução das baleias aqui — diz o gerente de pesquisa do Projeto ProFranca, Eduardo Renault.
Dependendo dos resultados, mais transmissores podem ser aplicados na próxima temporada migratória.
(NSC, 11/10/2024)
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