Economia Criativa e Startups: o Futuro das Cidades e o exemplo de Florianópolis

Artigo de Anita Pires
Conselheira da FloripAmanhã e Coordenadora do Programa Florianópolis Cidade Criativa Unesco da Gastronomia

Florianópolis tem se consolidado como uma cidade inovadora, com forte vocação para o empreendedorismo e a tecnologia. Além de seu destaque no turismo, a cidade é reconhecida como um dos principais hubs de inovação do Brasil, sendo aclamada como a Capital Nacional das Startups. Esse ambiente favorece a atração de talentos e o fomento de soluções tecnológicas, culturais e sustentáveis. Recentemente, Florianópolis foi eleita a capital mais criativa do Brasil, segundo o novo Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC), lançado pela ESPM. Esse índice avalia as capitais com base em indicadores que medem o potencial da economia criativa por meio do método min-max.

A economia criativa desempenha um papel central no desenvolvimento da cidade, abrangendo setores como design, arte, tecnologia, moda, gastronomia e cinema. Essas áreas são movidas pela inovação e pelo capital intelectual, sendo a criatividade humana a principal matéria-prima. Florianópolis, como Cidade Criativa UNESCO da Gastronomia, reforça essa diversidade cultural e sua vocação para o setor.

Florianópolis também tem mostrado que é possível aliar crescimento econômico com sustentabilidade. Muitos dos projetos e startups que nascem aqui estão focados em soluções tecnológicas que ajudam a preservar o meio ambiente e a otimizar o uso de recursos naturais. Esse alinhamento entre inovação e sustentabilidade é um dos grandes trunfos da economia criativa, que não só gera riqueza, mas também promove o bem-estar social e a preservação do meio ambiente.

O fortalecimento da economia criativa tem impactos diretos no crescimento urbano e social, gerando emprego, renda e qualidade de vida. Para promover esse desenvolvimento, é essencial que as cidades invistam em estratégias externas para a inovação e o empreendedorismo. Políticas públicas, incentivos fiscais, criação de centros de inovação e centros de criatividade são algumas das ações possíveis. Além disso, uma educação de qualidade que promova a cultura e o empreendedorismo é crucial.

Cidades que estruturam uma forte economia criativa tornam-se polos de crescimento sustentável, atraindo investimentos e gerando novas oportunidades de trabalho, consolidando-se como referências em inovação e qualidade de vida para seus cidadãos.