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Cia. Lápis de Seda traz magia e inclusão à Capital

Um grupo de dançarinos em trajes leves de tons bege e rosa claro performa uma dança em frente a um edifício histórico de arquitetura clássica, com detalhes ornamentados e paredes em tons rosados. Ao centro, uma pessoa em uma cadeira de rodas faz parte da coreografia, sendo integrada ao círculo formado pelos demais dançarinos, em um gesto de inclusão. O céu está azul, realçando o contraste com a fachada do prédio ao fundo. A expressão corporal de todos os dançarinos transmite harmonia e colaboração.

A Cia de Dança Inclusiva Lápis de Seda promove o acesso à dança e à inclusão social com o projeto 'Desapego' (Foto: Cristiano Prim)

A Cia de Dança Inclusiva Lápis de Seda, fundada há sete anos pela psicopedagoga Ana Luiza Ciscato e hoje tem reconhecimento nacional, marcará presença em cidades de Santa Catarina até o mês de dezembro. Nesta semana, será a vez de Florianópolis: no domingo (15) terá apresentação gratuita, às 10h30, no Jardim Botânico do Itacorubi e, na próxima terça-feira (17), acontecerá a oficina na APAE. Será uma oportunidade de compartilhar com o público a experiência e a metodologia aplicadas na companhia. “Desapego”, já realizado anteriormente, é um espetáculo no qual o corpo de dança, que é formado por pessoas com e sem deficiência, se envolve em movimentos, figurinos e cenários lúdicos. A classificação é livre e os ingressos estarão disponíveis para retirada no teatro uma hora antes de cada apresentação. Já as oficinas, que serão aplicadas em algumas cidades, têm como um dos objetivos discutir e ampliar conceitos e práticas pedagógicas pertinentes à educação inclusiva. Para se inscrever nelas, basta comparecer no local.

Desapegar-se do que nos apaga, limita e incomoda – são essas questões que o espetáculo de dança da Cia. Lápis de Seda, Desapego, propõe. O “Desapego” representa as diversas versões de nós mesmos, a energia que despendemos no esforço de nos enquadrar nos moldes socialmente estabelecidos e a necessidade de rompê-los. A importância de encontrar nossa identidade, a forma própria de atuar no mundo. Desapegar o que não é genuíno, apegar o que faz parte da nossa construção de identidade. Nessa criação, o trabalho da coreógrafa da companhia Ana Luiza Ciscato se desenvolveu a partir dos movimentos trazidos pelos próprios bailarinos por meio de improvisações dirigidas e laboratórios produzidos com o tema do espetáculo. Roupas fluidas e elementos cênicos como molduras, bancos e muletas também compõem a linguagem visual da apresentação.

“A Lápis de Seda é uma companhia que se propõe a compartilhar com a sociedade acesso por meio da dança. Acesso da pessoa com deficiência a oportunidades de descobrir sua identidade e desenvolver seus potenciais, de pertencer a um grupo diverso, que fala a língua dela”, explica Ana Luiza Ciscato. Com toda a sua vivência de educação na dança, ela comemora a realização do projeto, que dará acesso às pessoas sem deficiência “a uma realidade tão distante e, ao mesmo tempo, surpreendentemente próxima”, diz Ana. Ela completa: “estar mostrando esse trabalho para o estado de Santa Catarina – que é nossa casa – é muito motivante. Estamos todos muito felizes!”

A Companhia Lápis de Seda é uma companhia que atua em uma perspectiva de valorização das diferenças individuais. Com um elenco composto por bailarinos com e sem deficiência intelectual e múltipla, o grupo busca a inclusão por meio da arte, com a dança como ferramenta essencial e meio propulsor de transformações importantes às descobertas do próprio corpo e da própria identidade, de um propósito amplo de reconhecimento do sujeito enquanto indivíduo e de ocupação do seu lugar na sociedade.

Oficina Dança Inclusiva: Corpo, Movimento e Dança em uma visão inclusiva

As oficinas, que serão ministradas de forma gratuita por Ana Luiza Ciscato, diretora da Cia Lápis de Seda, são voltadas para profissionais da dança, alunos e bailarinos. As aulas têm como objetivos a inclusão social de pessoas com deficiência, divulgar a técnica DanceAbilitty que direciona a dança a todas as pessoas e demonstrar, por meio de exercícios e jogos corporais, que todos podem dançar.

O DanceAbility é um método de dança contemporâneo criado por Alessi, que utiliza a improvisação de movimento para promover a exploração artística e criativa entre todas as pessoas, independentemente de seu nível de habilidades. O autoconhecimento traz aos poucos uma melhora da autoestima, o senso de identidade, de pertencimento e acarreta o bem-estar e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Ocupar espaços comuns, seja nas cidades, nos grupos sociais, nas escolas, é fundamental para a inclusão dessas pessoas. A dança apresenta-se como um meio eficaz de fazer com que esses resultados sejam alcançados quando estimula o movimento, a percepção, a identidade.

(Portal Imagem da Ilha, 12/09/2024)

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