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Densidade em Floripa: um olhar dos distritos

"Fotografia de um homem sorridente com cabelo ondulado e castanho, barba rala e óculos de armação preta com detalhes amarelos. Ele está olhando diretamente para a câmera."

Artigo de Ângelo Marcos Arruda
Arquiteto e urbanista

O IBGE, ao divulgar os dados populacionais do Censo Demográfico em 2022, deu condições de os planejadores examinarem, com lupa, os dados da realidade do município de Florianópolis e, assim, contribuir, em época eleitoral, com uma discussão central: a densidade urbana atual, a possível, a recomendável, etc.

A discussão da densidade urbana que eu venho, como articulista, há algum tempo, colocando aqui, é central pois ela revela dados oportunos para os setores da construção civil, das infraestruturas, da mobilidade, dentre outras. O que os dados revelam? Floripa tem uma população de 537 mil habitantes e uma área de uns 43 mil hectares. Dividindo um pelo outro, encontramos 12,52 hab./ha. Muito, mas muito baixo e isso tem duas explicações: temos apenas 30% desses 43 mil ha com possibilidade de urbanização. Somos uma ilha com inúmeros espaços ambientais protegidos que totalizam 70% do território. O outro é a baixa densidade de mais de 80% dos 13 distritos que foram realizados o Censo.

Apenas o Continente, o Insular, Ingleses e Campeche tem densidade maior que a total de 12,52 do município. Ou seja, temos de olhar para o território para elaborarmos as políticas públicas. Pavimentar ruas; abrir valas de drenagem; redes de esgoto e coleta de lixo, tem de examinar esses dados. Que dirá construir edifícios públicos para saúde e educação e segurança e as mais importantes: habitação e mobilidade.

Ainda tem um outro dado impressionante para indicar investimentos. Em Canasvieiras, com 25 mil habitantes fixos, há uns 70% dos imóveis desocupados, à espera do veraneio. Ou ainda as quase 10 mil pessoas que moram no Pântano do Sul mas tem uma gigantesca área de quase 5.000 hectares com muita área de preservação, e uma população dispersa.

No fim das contas, ainda conta as distâncias entre os centros dos distritos e o centro da cidade que, tradicionalmente, cria os pêndulos do transporte, sobrecarregando as rodovias, as SCs que são a malha mais importante da cidade.

Mas esses dados não são tudo, pois, com um gigante espaço urbano muito espalhado, precisamos organizar o território, condensando as densidades com estratégias reguladoras e inserindo o poder institucional nos distritos com a elaboração dos Planos Distritais e a instalação dos Conselhos de Bairro e Distritais. Eu aposto nessas saídas.

(ND, 26/08/2024)

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