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Estudo da ONU aponta três opções de tratamento de lixo na Grande Florianópolis

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 28/06/2024)

Os 22 municípios da Grande Florianópolis têm três opções para tratamento dos resíduos sólidos urbanos. A incineração, que é a mais cara de todas, está descartada. Outra, refere-se aos sistemas de coleta, compostagem, geração de biogás e transformação do biogás em energia. E a parte do resíduo orgânico é transformada em adubo orgânico.

A terceira solução diz respeito ao biogás transformado em CDR (combustível derivado do resíduo) que serve para queima em altos fornos. O alto forno mais próximo da região está na cimenteira de Vidal Ramos. Todo um cálculo envolve transformar esse material que necessitaria ser picado, processado, passar por um poder calorífico suficiente para estar no alto forno. Há de se considerar os custos de transporte também.

Esses dados são resultado do estudo “As Soluções do Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos na Grande Florianópolis”. A realização é da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis), Consórcio Multifinalitário (CIM-Granfpolis), Projeto GEF Biogás Brasil e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.

Atualmente, o lixo da Grande Florianópolis é destinado, na maioria, ao aterro sanitário de Biguaçu. A ideia de mudança surge da necessidade de adequação ao Marco do Saneamento, a crise climática e a oportunidade de geração de novos empregos e tributos. O principal, claro, é o ganho ambiental.

O investimento necessário para criar a nova estrutura varia de R$ 700 milhões a R$ 2 bilhões.

O projeto foi apresentado na Fiesc pela Associação dos Municípios da Grande Florianópoilis (Granfpolis). O diretor-executivo da entidade, Marius Bagnati, informou, ainda, que o próximo passo é solicitar ao governo de Santa Catarina um programa de isenção fiscal na região do Contorno Viário para atrair as empresas dessa cadeia produtiva.

Santa Catarina está livre de lixões desde 2010. Foi o primeiro estado brasileiro a tratar disso. “Mas, precisamos considerar, os aterros sanitários produzem CO2 e CH4, que são gases que comprometem as camadas de ozônio, que nos protegem. O aterro que atende a região, em Biguaçu, possui captação e queima de gás. No entanto, os aterros menores, por exemplo, São João Batista e São Bonifácio, não possuem captação de gás”, ressaltou Bagnati.

O projeto levou dois anos para ser concluído.

O desafio é tirá-lo do papel, o que irá exigir uma ampla articulação regional e governança administrativa.

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