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Apresentado há mais de 10 anos, “Plano Diretor do mar” ainda não saiu do papel

Apresentado há mais de 10 anos, “Plano Diretor do mar” ainda não saiu do papel

Há décadas, ideias e demandas para aproveitar a vocação náutica de Florianópolis são discutidas. Com 172 km de costa, a Ilha poderia ser referência no aproveitamento do mar para atividades de lazer, esporte, turismo, transporte, pesca e aquicultura. Porém, a falta de implementação de um “Plano Diretor do mar” dificulta o desenvolvimento completo desta área e reduz os projetos marítimos da cidade, como a Marina da Beira-Mar Norte, a iniciativas isoladas com um potencial ainda maior a ser explorado. Desde 2009, Florianópolis tem o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, um dispositivo legal que regulamenta a utilização dos recursos naturais e a ocupação e uso do solo na zona costeira da cidade. Dentro dele, ainda estão previstos outros documentos para complementar e detalhar aspectos da gestão costeira, como o Plano de Ordenamento Náutico, que pode ser comparado a um Plano Diretor para atividades marítimas.

Em 2012, a associação FloripAmanhã apresentou ao Poder Público e à sociedade estudos para a implementação do Plano de Ordenamento Náutico no município, detalhando as particularidades geográficas da ilha e as principais formas de explorar a potencialidade náutica de forma sustentável. Entretanto, mais de dez anos depois, o plano continua a ver navios. A Prefeitura Municipal de Florianópolis não soube dar nenhuma informação sobre o Plano de Ordenamento Náutico ou sua implementação no município.

Potencial náutico de Florianópolis é de “expressão mundial”

Segundo Jaime de Souza, vice-presidente do FloripAmanhã, os estudos realizados em 2012 permanecem atuais e confirmam que Florianópolis tem uma aptidão náutica invejável: “Podemos melhorar a infraestrutura da costa ao mesmo tempo em que desenvolvemos ainda mais a pesca, a aquicultura e o turismo, que são os pilares da cidade.” A sinergia entre esses setores pode ser a chave do sucesso para novas iniciativas no mar. “Na Costa da Lagoa, por exemplo, é comum que donos de barcos passem por lá para almoçar, porque tem lugar para deixar o veículo e bons restaurantes. Em Canasvieiras, não tem um píer para deixar o barco, nem restaurantes tão bons. Essa é minha preocupação com a marina que vai ser construída na Beira-Mar: a estrutura dela vai vir acompanhada de outros atrativos para o turismo, como bons restaurantes e hotéis?”, questiona Souza.

O especialista cita exemplos de cidades como Balneário Camboriú e Itapema, que viabilizaram grandes empreendimentos através de parcerias público-privadas. “São cidades muito diferentes de Florianópolis, mas têm exemplos que deram certo. Projetos grandes como esse não se fazem em apenas uma gestão e o Poder Público pode ter a iniciativa privada como aliada nesse caso”, afirma.

(ND, 23/05/2024)

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