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A imagem mostra um homem de meia-idade com barba e cabelo grisalho, usando óculos. Ele está vestido com uma camisa preta e está sorrindo levemente. O fundo da imagem é colorido, sugerindo que ele está em um ambiente com arte ou pinturas. A expressão do homem é amigável e acolhedora.

Artigo de Roberto Costa
Coordenador geral do Floripa Sustentável 

Uma realidade que assusta, revolta e resulta em uma das mais duras manifestações da extrema pobreza material e desigualdade social: as condições de vida das pessoas em situação de rua.

O cenário, muitas vezes deplorável, causa graves consequências como violência, vandalismo, vícios, degradação ambiental, propagação de doenças infecciosas relacionadas à falta de higiene, entre outros.

Um dos grandes desafios é o aumento contínuo do número de pessoas nessa situação. Apenas em novembro de 2023, foram registradas 968 PSRs na Capital catarinense. Isso em números oficiais.

Muitas delas enfrentam problemas de saúde mental, dependência química, incluindo o alcoolismo, além de egressos do sistema prisional e indivíduos que sofreram reveses econômicos ou traumas. Infelizmente, a maioria não deseja deixar as ruas devido à vida que levam nelas.

Para muitos, a problemática é questão para ser resolvida apenas pelo setor público. Para outros, as esmolas ou “trocados” são necessários para o acolhimento dessas pessoas.

Já para o Floripa Sustentável, além das ações dos órgãos públicos, é crucial que os cidadãos comuns ofereçam oportunidades para a reintegração social, em vez de incentivarem essas pessoas a permanecerem em condições degradantes nas ruas.

Para lidar com essa questão, o movimento lançou a campanha “Esmola Não”, com o mote “Dê Oportunidades/ Não dê esmola”, com o objetivo de conscientizar a população de que essa prática não contribui para a mudança de vida dessas pessoas.

É essencial abordar o problema por meio da inclusão e do acolhimento, com direcionamento de pessoas para as estruturas sociais disponibilizadas pelo município.

A campanha conta com o apoio da 30ª Promotoria de Justiça da Capital do Ministério Público Estadual de Santa Catarina, da Prefeitura de Florianópolis e dos veículos de comunicação locais, que estão divulgando de forma voluntária as peças da campanha, incluindo filmes para televisão, spots de rádio, anúncios de jornal e conteúdos para sites de notícias e internet.

A prática de dar esmolas é considerada perversa e prejudicial, pois limita qualquer chance de um futuro melhor para essas pessoas. Por meio da campanha “Esmola Não”, o Floripa Sustentável busca avançar com segurança em direção a uma cidade mais inclusiva para todos.

Agir com consciência social é um dever de cada um de nós. Juntos, e fazendo o que é certo, vamos devolver a vida a essas pessoas – e essa é a principal missão da nossa campanha.

(ND, 14/04/2024)

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