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Internação involuntária em Florianópolis começará com 20 pessoas em situação de rua

Depois da aprovação da lei e da assinatura do decreto que viabilizam a internação involuntária de dependentes químicos ou pessoas com transtornos mentais e em situação de rua, equipes da Prefeitura de Florianópolis que farão as primeiras abordagens estão em treinamento. Na terça-feira (5), por exemplo, houve uma reunião do grupo de instrutores e a expectativa é que, até a semana que vem o município tenha agentes treinados para atuar em todos os turnos necessários.

Inicialmente, pelo menos 20 pessoas serão as primeiras atendidas com as internações. O trabalho começa com a abordagem nas ruas, com equipe multidisciplinar, seguido de encaminhamento para um Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde um psiquiatra vai recomendar ou não a internação. Se recomendar, o paciente pode ir para o IPQ (Instituto de Psiquiatria), em São José, e, se aceito pelo médico do instituto, fará a desintoxicação. O tratamento, porém, não acaba aí.

“Se o psiquiatra do IPQ validar nosso encaminhamento, o paciente será internado e ficará sob custódia do instituto. A saída vai depender da alta dada pelo psiquiatra do IPQ”, explica o prefeito Topázio Neto (PSD).

Se o paciente receber alta em até dois anos, seguirá o tratamento ambulatorial. Se tiver família, fará o tratamento em casa. Se não tiver nenhum vínculo, será acolhido pelo município para seguir o tratamento.

“Existe outra hipótese. O médico dar alta e oferecer a possibilidade da comunidade terapêutica, porém, nesse caso, o paciente só pode ir por vontade própria. Daí, nossa Assistência Social vai procurar uma disponível”, ressalta o prefeito. Outra possibilidade é o encaminhamento para residencial terapêutico, entretanto, somente se o paciente ficar no IPQ por mais de dois anos, sem alta. O tratamento em comunidade terapêutica custa R$ 2.500 a R$ 3.000 por mês por paciente. No residencial terapêutico, R$ 8.000 a R$ 10.000.

(Confira a matéria completa em ND, 06/03/2024)

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