Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem a missão de elaborar formas de minimizar o impacto ambiental em acidentes com vazamentos de óleo em subestações da Eletrosul.
Coordenado pelo professor Admir José Giachini, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (MIP/CCB), o projeto de Gerenciamento ambiental de áreas afetadas por derramamento de óleo mineral isolante em terrenos naturais conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), que faz a gestão administrativa e financeira do trabalho.
O projeto começou em 2017 e tem previsão de continuidade pelo menos até 2026. Desenvolvido no Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente (Rema) da UFSC, localizado no Sul da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, o projeto é financiado pela Eletrosul e visa planejar ações de prevenção e, se necessário, remediação de áreas que venham a ser impactadas por derramamento de óleo mineral isolante dos transformadores de energia.
Consultoria nasceu após derramamento acidental
A necessidade da realização desse serviço de consultoria surgiu em razão de um derramamento acidental sobre o solo de aproximadamente 22 mil litros de óleo mineral isolante de um transformador da Subestação Gravataí, no Rio Grande do Sul, da Eletrosul. O acidente aconteceu devido a uma falha, na época, no sistema de drenagem e separação de água e óleo que não recepcionou a totalidade do volume do líquido vazado.
As áreas afetadas naquela ocasião integravam uma pequena área do pátio da subestação, cuja proprietária é a Eletrosul, e uma parcela adjacente, de propriedade de terceiros.
“Esperamos tornar a empresa ciente das vulnerabilidades e prepará-la para ações mais assertivas, caso um sinistro venha a acontecer em suas instalações de transmissão de energia”, destaca o professor Giachini, que lidera uma equipe também integrada por um engenheiro ambiental e três bolsistas de iniciação científica.
Expertise da UFSC traz olhar diferenciado, diz professor
“O financiamento privado é crucial para que ações desta natureza possam ser desenvolvidas no âmbito da UFSC. Porque não apenas alavanca o lado científico, pois disponibiliza recursos para a investigação, mas também capacita colaboradores e profissionais das mais diversas áreas dentro de empreendimentos como a Eletrosul”, observa o professor.
“Além disso, também garante uma exposição da expertise e da capacidade técnica da UFSC, trazendo um olhar diferenciado do setor produtivo e abrindo novas portas para a colaboração entre os diferentes setores da sociedade”, acrescenta Giachini.
Com informações da Revista da Fapeu
(UFSC, 04/01/2024)
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