A CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis pretendem encaminhar um pedido de mudança no método de medição de balneabilidade das praias.
O anúncio foi feito pelo presidente da CASAN, Edson Moritz, nesta sexta-feira (05), ao lado do diretor Pedro Joel Horstmann, no segundo dia de vistorias em pontos classificados pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Atualmente, as medições são feitas pelo IMA em relatórios semanais com a classificação da balneabilidade das praias como próprias ou impróprias. Para a Companhia e a Prefeitura, o método traz poucas informações sobre o tipo e local de coleta, não explica as causas da contaminação e tem uma divulgação inadequada.
“Se o importante é proteger as pessoas, a gente precisa identificar a fonte da contaminação para poder responsabilizar”, afirma o presidente da CASAN, Edson Moritz. “Também é necessário entender o quanto dessa contaminação se dilui no mar. Essa é uma conversa que já tivemos com a Prefeitura e vamos levar à presidente do IMA, para que possamos informar as pessoas e dar a maior segurança possível.”
Ainda falando sobre a parceria com a prefeitura, o presidente comentou a necessidade de atividades colaborativas de cuidado com as redes. “Hoje, existe um trabalho fantástico do prefeito Topázio para o desassoreamento, que tem funcionado muito bem. Uma próxima etapa é a própria prefeitura, que tem o poder de polícia, também atuar em conjunto para melhorar o desempenho na fiscalização”, pontuou Moritz.
Vistoria nas praias
A diretoria da CASAN tem feito vistorias presenciais nas praias da capital nos últimos dias, buscando apurar se há ou não responsabilidade da Companhia em locais impróprios para banho. Na manhã de hoje, a visita aconteceu na praia de Canasvieiras, com sete pontos que mudaram de próprio para impróprio na última medição. Durante a visita, foi constatado que a mudança não se deu por causa das redes de esgoto ou estações da CASAN, mas sim por efeito das enxurradas.
“Essa é uma contaminação que está diretamente relacionada com a enxurrada provocada pela água das chuvas, que levam materiais como o lixo das ruas para o mar”, explica Joel. Outro fator de contaminação é o das chamadas ligações irregulares de esgoto feitas nas redes de drenagem. Quando acontecem chuvas fortes como as dessa semana, essas ligações podem causar entupimento e extravasamento de material nas tubulações de esgoto.
O diretor ainda reforçou que as estações elevatórias e de tratamento da Companhia estiveram operando normalmente durante os últimos dias. Um exemplo claro disso está no caso da Elevatória do Rio do Brás, cujo ponto de coleta mais próximo continuou próprio para banho. “Essa é a prova permanente de que tendo um trabalho de prevenção e manutenção dos nossos equipamentos e esgotamento adequado, aliado ao fator de não levar para o mar as impurezas, garante a balneabilidade e a saúde dos banhistas”, destaca o presidente.
(CASAN, 05/01/2024)
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