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Casan investiga sumiço de documento com dados sobre reservatório que se rompeu

O sumiço de um documento considerado essencial na investigação sobre o rompimento do reservatório da Casan, ocorrido no começo de setembro no bairro Monte Cristo, na região continental de Florianópolis, intrigou os deputados que integram a Comissão Mista que apura o caso na Alesc. Nesta semana, o presidente da Companhia, Edson Moritz, confirmou que foi aberta na Casan uma sindicância interna para apurar “possíveis infrações e responsabilidades”.

Na Alesc, o colegiado já encerrou a fase de coleta de depoimentoe e agora elabora o relatório preliminar que será apresentado pelo relator da Comissão Mista, deputado Mário Motta (PSD), no dia 27 de fevereiro.

O documento que desapareceu dos arquivos da Casan foi um diário de obra de outubro de 2017, o único entre os mais de 80 existentes que não foi encontrado e que poderia conter dados importantes sobre a construção da estrutura. “As respostas que vieram é que este documento não foi encontrado e, portanto, foi subtraído. Porque ele existia”, enfatizou Edson Moritz.

Solicitado pela Comissão, a Casan encaminhou documento com a minuta do diário extraviado que apresenta anotações apenas da construtora, mas sem informações da fiscalização da Companhia. No entanto, o procedimento normal é que as duas partes envolvidas, construtora e fiscalização da Casan, preencham o documento explicando o andamento da obra.

Com relação à perícia técnica contratada pela Casan para identificar as prováveis causas do colapso do reservatório R4, Moritz esclareceu que o relatório final deve ser entregue dentro de 10 dias e se comprometeu a enviar cópia para a Comissão Mista.

O presidente da Companhia apresentou ainda uma atualização sobre as indenizações aos atingidos. Segundo ele, até o momento foram pagos mais de R$ 9,7 milhões aos moradores afetados pelo rompimento. De bens móveis, foram 159 indenizados, o que corresponde a 100% de acordos.

Sobre os bens imóveis, 76 pessoas foram indenizadas, o que equivale a 99% dos casos, pois ainda falta a documentação de um morador. Com relação aos veículos, as indenizações chegaram a 95%, sendo 98 indenizados, quatro sem acordo, e um em análise. Dos lucros cessantes, totalizam 46 acordos, um caso sem acordo, e 25 indeferidos.

Uma das vítimas ouvidas pela Comissão, o representante do Movimento dos Atingidos por Barragens Rodrigo Timm, denunciou em depoimento que as famílias estão sendo coagidas a aceitar os acordos muito abaixo do valor do prejuízo, sob pena de terem que aguardar alguns anos por uma decisão judicial. Edson Moritz respondeu que a empresa teve que fazer escolhas. “Nós definimos aqueles que efetivamente deveriam receber e analisamos os casos que não cabia. Foi uma decisão nossa”, afirmou.

Edson Moritz foi enfático ao dizer que nenhuma outra grande obra haverá na sua gestão. “Obras de grande estrutura precisam de especialistas de grande estrutura e a Casan não tem esse especialista. A Casan não faz projeto e, se não faz, precisa ter a melhor qualificação para julgar e analisar projetos”, completou.

(Tudo sobre Floripa, 13/12/23)

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