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Praia da Galheta em Florianópolis virou “terra de ninguém” mesmo após lei que acabou com nudismo

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 28/11/2023)

A praia da Galheta, no Leste da Ilha, em Florianópolis, virou terra de ninguém. No domingo (26), um homem foi preso em flagrante suspeito de estuprar uma mulher na trilha que liga o balneário à praia Mole. Segundo a Polícia Militar, a vítima foi encontrada desacordada, recebeu atendimento e precisou ser encaminhada ao Hospital Universitário.

Em fevereiro, a coluna informou que um guarda-vidas civil foi agredido com dois socos de uma pessoa após pedir para que a mesma deixasse de urinar perto do posto salva-vidas.

Na época, o então coordenador dos salva-vidas das praias Mole, Joaquina e Galheta, cabo Martins, comentou que a situação era muito ruim.

—  Hoje se vê de tudo. As pessoas utilizam a restinga para se masturbar, fazer suas necessidades fisiológicas e sexo. Nós chamamos a atenção para as pessoas irem para a água ou para uma região mais afastada, mas elas ficam irritadas. Nos últimos anos a situação vem piorando. Esta é a minha sétima temporada de praia Mole. Teria que acabar com o nudismo. O brasileiro não está preparado para ter uma situação tão solta, sem regra ou fiscalização. A Galheta virou terra sem lei. Nós não temos que cuidar disso, nós temos que cuidar do mar. O que nós já recolhemos de preservativos e seringas da praia e da trilha vocês não fazem ideia. O que incomoda hoje é o sexo ao ar livre e com isso muitas pessoas são atraídas para roubar e assaltar. O problema é que as pessoas que frequentam a Galheta não buscam apenas o nudismo, elas buscam a sacanagem. Qualquer pessoa que vier para a praia vai ver isso. Infelizmente não se vê mais a família com crianças na praia, num clima respeitoso. E como o acesso é restrito, as pessoas se aproveitam disso — afirmou o bombeiro.

O Parque da Galheta foi criado pela lei n°3455, em 1990 e não previa o nudismo.

Em 1997, a Câmara de Vereadores aprovou a admissão da prática do nudismo na Galheta, exclusivamente na praia, sem caráter de obrigatoriedade. Mais tarde, a lei 10.100, de 2016, revogou a Lei CMF 195/97 e, consequentemente, a prática do nudismo.

O problema não é o conceito do nudismo e o movimento que motivou a lei municipal, atualmente revogada. Não há histórico de problema com estas pessoas, que são respeitosas e conhecem o conceito do naturismo e como ele funciona (e bem) no mundo civilizado.

O problema é que a “praia de nudismo” da Galheta acabou atraindo pessoas que vieram, também, com outros objetivos: assédio, uso de drogas e prática de crimes.

A prefeitura promete reforço na segurança com a Guarda Municipal e uso de drones.

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2 Comentários

  1. Igor Merbach disse:

    Discordo totalmente do texto acima. O índice de criminalidade na galheta é quase zero, comparado com o índice das praias do norte da ilha. O que falta na galheta é investimento do poder público, o que não ocorre nas praias de Florianópolis, que vem a cada ano perdendo turistas. É uma mentira deslavada que o brasileiro não está preparado para praias naturistas. Se tivesse monitoramento adequado e obrigatoriedade do nudismo, os problemas (poucos) que acontecem lá seriam diminuídos em uns 90%. Vai na p️ de naturismo quem é naturista. Quem não, é sobram 99 praias para se divertirem, fazerem suas atrocidades e não enxerem o saco de quem é. E essa história de estupro está bem mal contada. Nem na galheta foi. Foi em baixo da guarita da segurança da praia mole.

  2. Renaldo Ronnie da Silva disse:

    Para mim, tem que manter a praia livre para o nudismo e naturismo. O problema é conseguir conter is crimes, só isso. É a única oraia de nudismo que me fez sentir cobectado compketamente com a natureza humana e ambiental, ideal.

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