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Menos de 30% dos moradores em situação de rua cadastrados em Florianópolis são de SC

Da Coluna de Diogo de Souza (ND, 27/11/2023)

A reportagem da Coluna Bom Dia teve acesso ao relatório parcial do censo dos moradores em situação de rua, em Florianópolis. Até aqui, 922 pessoas foram cadastradas pelo programa que é comandado pelas secretarias de Assistência Social e Segurança e Ordem Pública da Capital.

O tema ganhou mais força nas últimas semanas, depois que um jovem foi morto; e quinta-feira (23), quando um homem admitiu que chegou à capital subsidiado pela prefeitura de Criciúma.

Menos de 30% dos cadastrados são de Santa Catarina: apenas 298. Ainda segundo os dados parciais, há outros 167 do Rio Grande do Sul e 74 do Paraná.

Dos moradores cadastrados em situação de rua na Capital de Santa Catarina, apenas 121 são naturais de Florianópolis.

Os dados ainda apontam que mais de 300 moradores cadastrados estão há mais de cinco anos na cidade, enquanto 191 estão há um mês.

Entre os principais motivos, 479 moradores alegaram que chegaram à Capital dos catarinenses sob o argumento de emprego. Ainda 61 chegaram para buscar algo na “alta temporada” e apenas 47 em busca de familiares.

Por que Florianópolis?
A reportagem da coluna também foi conversar com algumas pessoas em situação de rua, na Grande Florianópolis, para saber a cidade de origem e o motivo pela escolha da região.

Oito foram questionados, seis responderam algo e um deu um alerta: “Se ficar tirando fotos da entrada da favela o negócio pode embaçar”.

Dos seis que toparam falar, três disseram ser de Florianópolis, um de Camboriú, um de Alvorada (RS) e outro do Pará.

“Se ficar tirando fotos da entrada da favela o negócio pode embaçar”

Todos os indivíduos questionados são homens e dois deles lembraram o almoço grátis do município. Um falou que está na rua porque gosta e os outros dois não souberam responder.

Por que Florianópolis? 2
Ao menos três locais foram percorridos pela reportagem: a “faixa de Gaza”, limite entre os municípios de Florianópolis e São José; a passarela da ponte Pedro Ivo Campos e o espaço aos fundos da passarela Nego Quirido, em frente ao Iate Clube de Santa Catarina.

Censo de Florianópolis
Desde o dia 18 de outubro, e em busca de ter um número correto sobre quantas pessoas vivem em situação de rua atualmente em Florianópolis, a prefeitura da Capital lançou o censo das pessoas em situação de rua.

O levantamento é realizado a partir de um aplicativo que faz o reconhecimento facial de todas as pessoas que circulam e dormem nas ruas e/ou fazem uso dos equipamentos disponíveis, como o restaurante popular e a passarela da cidadania, por exemplo.

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