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Greves da Comcap: por uma solução definitiva

A imagem mostra um homem de meia-idade com barba e cabelo grisalho, usando óculos. Ele está vestido com uma camisa preta e está sorrindo levemente. O fundo da imagem é colorido, sugerindo que ele está em um ambiente com arte ou pinturas. A expressão do homem é amigável e acolhedora.

foto de Roberto Costa

Artigo de Roberto Costa – Coordenador do Floripa Sustentável

No segundo dia da greve deflagrada pela Comcap em 1º de novembro o movimento Floripa Sustentável divulgou um manifesto em que pede, em nome da população de Florianópolis e das 44 entidades que o integram, uma solução definitiva para essas paralisações.

Como registrado no início do manifesto, desde que o Floripa Sustentável foi fundado, em agosto de 2017, já são 14 os manifestos contra greves abusivas de serviços essenciais e de servidores públicos. Ou seja, pelo menos duas greves por ano.

Neste artigo quero destacar e reforçar pontos do manifesto que mostram que esse tipo de paralisação politiqueira e ideológica já podia ter tido um freio e, também, a necessidade urgente de concessão desse tipo de serviços essenciais.

O primeiro ponto a ser destacado no manifesto é a impunidade. Diz o manifesto: “Mesmo com a grande revolta da população e os prejuízos causados para a cidade, todas essas paralisações tiveram mais um elemento comum: o perdão às multas, demissões e a todas as demais sanções a que o Sindicato e funcionários faltantes deveriam ser submetidos. Trata-se pura e simplesmente de impunidade, e quem fica impune não teme em reincidir na infração”.

Sobre esse ponto, temos visto tanto o prefeito Topázio Neto como a Justiça com uma postura diferente e muito mais firme do que nas paralisações anteriores, em que o perdão às sanções foi incluído no pacote de negociações para a volta ao trabalho. Enquanto a prefeitura avança na demissão de grevistas tendo por base a decretação da ilegalidade da greve pela Justiça, a própria Justiça dobrou o valor da multa diária por dia de paralisação, de R$ 100 mil para R$ 200 mil.

O segundo ponto de destaque do manifesto é com relação à urgente necessidade de concessão dos serviços da Comcap. Quanto a isso, também temos assistido a uma reação elogiável por parte da prefeitura, que vem contratando empresas para fazer a coleta e limpeza nas áreas ainda não terceirizadas, já que no Norte da Ilha e no Continente essa terceirização já tinha ocorrido, justamente por causa das greves.

Mas o ponto central do manifesto do Floripa Sustentável é a oportunidade histórica que Florianópolis tem de acabar de uma vez por todas com esses “sequestros” que fazem a população refém de uma elite sindical que não tem qualquer compromisso com a cidade. A hora é agora – e quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

 

(Movimento Floripa Sustentável, 10/11/23)

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