Estudo feito pelo Observatório Nacional da Indústria, núcleo de inteligência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira apurou que de cada quatro novos empregos que serão criados no Brasil, um será na chamada economia criativa, totalizando 8,5 milhões de postos de trabalho até 2030. E o Índice de Economia Criativa (IDPEC) mostrou Florianópolis no topo, com 0,85 seguida por Vitória 0,71, São Paulo 0,68, Rio de Janeiro 0,65 e Curitiba 0,61.

Denominado Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC), esse indicador visa medir o potencial de desenvolvimento da economia criativa nas capitais brasileiras. A estimativa é feita com base em dados econômicos de cada cidade.

Florianópolis ficou em primeiro lugar na dimensão Atratividade e Conexões, e também em Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo.

A capital de SC é forte nos setores que criam empregos na indústria criativa. Nesse grupo estão desenvolvimento de softwares e serviços de tecnologia, publicidade e serviços empresariais, arquitetura, design, cinema, rádio e TV.

Segundo o estudo da CNI, com base em informações do quatro trimestre de 2022 da pesquisa do IBGE Pnad Contínua, a economia criativa responde por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Considerando o PIB de  2022, superou R$ 300 bilhões. E são mais de 115 mil empresas do setor no país.

O total de empregos no fim de 2022 era de 7,4 milhões de pessoas no setor. A maioria nas áreas de tecnologia da informação e publicidade. Um detalhe importante apurado pelo estudo é que os salários são maiores do que a média nacional. Estavam em R$ 4.018 enquanto nos demais setores a média é de R$ 2.691.

Mas para ingressar nesse setor e avançar, é preciso ter qualificação, alerta o gerente executivo do Observatório da CNI, Márcio Guerra. Segundo ele, é preciso ter qualificação em marketing e branding, pesquisa de mercado, design de sites, logística, marketing digital e atendimento ao cliente.

Um dos segmentos com potencial é a indústria 4.0, informa ele. Projeto de lei que tramita no Congresso Nacional sobre o setor prevê mais parcerias com universidades, desenvolvimento de infraestrutura e promoção das atividades.

Outro estudo recente apurou que SC tem mais de 14 mil empresas no setor de economia criativa. O presidente da Fundação Cultural do Estado, Rafael Nogueira, informou que a instituição está atenta e trabalha pelo avanço desse setor.

Tópicos mostram o perfil do setor

Estabelecimentos da economia criativa no Brasil 

– Microempresas: 86.917

– Pequenas empresas: 24381

– Médias empresas: 5471

– Grandes empresas: 353

Estabelecimentos da economia criativa por região

– Sudeste: 56.222

– Sul: 31.643

– Nordeste: 16.880

– Centro-oeste: 9.438

– Norte: 2.939

Quantidade de estabelecimentos da economia criativa por categoria 

– Moda: 45.874

– Publicidade e serviços empresariais: 20.871

– Serviços de tecnologia da informação: 11.712

– Desenvolvimento de software e jogos digitais: 9.771

– Atividades artesanais: 8.398

Setores que devem liderar a criação de empregos na indústria criativa 

– Publicidade e serviços empresariais

– Desenvolvimento de softwares e serviços de TI

– Arquitetura

– Cinema, rádio e TV

– Design

Ocupações com o maior potencial de emprego na indústria criativa 

– Publicitário e afins

-Trabalhadores das áreas da tecnologia da informação

– Desenvolvedores

– Trabalhadores da área da moda

– Desenhistas, artesão e afins