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Índice de coliformes fecais ultrapassa 30 vezes o ‘limite aceitável’ em Santa Catarina

Estado chegou a registrar mais da metade dos 237 pontos de coleta com índices de coliformes fecais acima do permitido.

Amareladas e com cheiro quente. Semelhantes à aparência de urina. Essas são as características das águas fétidas que jorram das tubulações em direção às praias.

Apesar do aspecto sujo todos sabem que não é urina. Mesmo que dinossauros habitassem a rede de encanamentos não seria possível que produzissem tanta quantidade do líquido.

É água da rede de drenagem da chuva, só que ninguém gosta de colocar a pele em contato por medo de se contaminar. Essa percepção de que ‘aquela água’ não é boa para a saúde impulsiona os saltos ao longo das orlas.

É uma cena corriqueira que faz parte do imaginário visual do brasileiro. Não é possível ir a uma praia e não ter a imagem dos pulos tatuada na memória. O problema é que o saneamento básico chegou a um ponto que não dá mais para pular.

Os parâmetros do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) indicam que até 800 coliformes fecais para uma amostra de 100 mililitros são aceitáveis para a saúde humana.

Mais do que isso é indicativo de que a água está poluída e causa risco de doenças. Apesar desses índices não serem amplamente divulgados, eles são publicados semanalmente nos relatórios de balneabilidade.

O NDI (Núcleo de Dados e Jornalismo Investigativo) do Grupo ND analisou esses índices e identificou casos em que as amostras apontaram mais de 24.196 coliformes fecais por 100 mililitros.

O valor é a “régua” do que se consegue medir nas análises do IMA/SC (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina). Significa que os índices estão, no mínimo, trinta vezes maiores do que o tolerável.

Esses níveis foram encontrados nas praias do Litoral Norte, Vale do Itajaí, da Grande Florianópolis e da Capital. Apenas a região Sul do Estado não chegou ao teto de medição entre os meses de novembro e janeiro.

Veja os maiores índices de coliformes fecais por região e leia a íntegra da matéria do ND (26/01/2023)

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