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O ESG e a sua efetividade

Foto: Facebook

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Artigo de Juliana Galliano – Especialista em ações de impacto social

O termo ESG, do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G), está cada vez mais difundido mundialmente. O S, Social, vem sendo ampliado com a abertura de novos negócios focados exclusivamente em impacto social, que são empreendimentos financeiramente sustentáveis, com caráter social ou ambiental, que contribuem para a transformação da realidade, trazendo solução de problemas.

Segundo relatório da Fundação Schwab, projetos de empreendedorismo social impactaram positivamente 622 milhões de pessoas no mundo. Os dez países com mais empreendedores sociais são Brasil, Etiópia, Índia, Quênia, México, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Uganda e Estados Unidos.

Segundo levantamento do Google Trends para o Valor Econômico, o interesse de busca pelo termo ESG no Brasil praticamente triplicou em um ano (fev/2021 a fev/2022), sendo o país latino-americano que mais pesquisou pela sigla ESG e um dos 25 países no mundo que mais buscou pela temática neste período.

Ao todo, são mais de 800 negócios brasileiros de impacto social, segundo a pesquisa mais recente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), realizada em 2017. Destes, 51% têm menos de um ano de operação, 70% atuam no setor de serviços, 28% dos negócios estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 45% dos negócios são administrados por mulheres.

Não há mais como ignorar os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em 2021, 27,6 milhões de brasileiros estavam na pobreza, de acordo com a FGV Social, significando que 13% das pessoas no país encerraram 2021 vivendo com até R$ 290 por mês, o maior patamar desde 2012. Esses percentuais mostram que o sobrenome de “inovação” necessita ser “social”. Se tivermos inovações sem cunho social, o que resolveremos?

A pobreza assola fortemente o nosso país há muitos anos. Por outro lado, temos muitas riquezas naturais e setores produtivos em alta.

A transformação social só acontecerá a partir do momento que as empresas conseguirem aplicar o ESG de forma efetiva nos seus processos.

A virada de chave está em desenvolver soluções inovadoras para as lacunas sociais existentes e persistentes. Que juntos possamos promover ações contínuas de  impacto, elevando economicamente as camadas sociais, concedendo acessibilidade, sustentabilidade e inclusão. Dê o start no seu círculo e influencie para a solidariedade. Parece utopia, mas não é. Lembre-se que pequenas iniciativas fazem uma grande diferença.

(ND, 07/12/2022)

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