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Relatório faz radiografia sobre o parque urbano e marina de Florianópolis

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 11/09/2022)

O empreendimento do Parque Urbano e Marina da Beira-Mar Norte é “viável ambientalmente”, segue os preceitos do ordenamento náutico e de zoneamento e vai ser positivo para a cidade durante a operação.

A conclusão faz parte do Rima (Relatório de Impacto Ambiental) elaborado pela Ambiens Consultoria, contratada pela Construtora JL, e tornado público na última sexta-feira (9) como parte do processo para obtenção da LAP (Licença Ambiental Prévia).

“A análise do cenário mostra benefícios para todos os meios, apesar dos impactos inerentes da sua implantação e operação, buscando resgatar e equilibrar o ambiente com uma utilização ordenada e sustentável, aumentando a qualidade ambiental da região e a qualidade de vida da comunidade local”, afirma.

O documento de 105 páginas apresenta, por meio de estudos técnicos e científicos, um diagnóstico da área de influência do projeto, a avaliação dos impactos socioambientais identificados, as medidas mitigadoras a serem tomadas e uma análise sobre a viabilidade de implantação do empreendimento, que abrange uma área total de 440 mil m2. É uma etapa anterior à LAI (Licença Ambiental de Instalação) e à LAO (Licença Ambiental de Operação).

O relatório detalha, por exemplo, que o parque urbano terá 90.198,93 m2, um espaço para atividades esportivas e de lazer com capacidade para receber um público até 360 mil pessoas durante grandes eventos. A estimativa diária é de circulação de cerca de 11,6 mil pessoas.

O Rima registra que o estacionamento, citado como “uma das principais fontes de renda para a viabilidade financeira do empreendimento” – vai contar com 380 vagas para carros, 120 para bicicletas e 84 para motos.

Os critérios para a escolha do local também são abordados pelo Rima. A opção pela baía norte foi amparada pelo plano de ordenamento náutico de Florianópolis e pela necessidade de uma área mais ampla na cidade para atividades esportivas e de recreação.

O estudo considera ainda que a região “já tem aterros e enrocamentos”, portanto, com “menos impactos ambientais e conflitos”, e que estudos geofísicos, batimétricos e geotécnicos indicaram a área como a mais apta pela inexistência de rochas e um calado mais profundo, “exigindo menos dragagens”.

O prognóstico ambiental aponta que o empreendimento vai garantir maior segurança, espaços com áreas verdes, melhor ambiente de lazer, renovação da vegetação, geração de renda e ocupação ordenada.

O Parque Urbano e Marina da Beira-Mar Norte terá um espelho d´ água com 300 mil m2, com capacidade para 621 embarcações – sendo 134 secas e 30 públicas – e significará um investimento de R$ 200 milhões.

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