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Comércios, estacionamento subterrâneo, palco; o futuro da Praça Tancredo Neves de Florianópolis

A imagem mostra a Praça Tancredo Neves em Florianópolis, SC. Em primeiro plano, um trabalhador está usando um cortador de grama. Ao fundo, há uma bandeira de Santa Catarina hasteada em um mastro alto. A praça é arborizada com árvores e canteiros floridos. À direita, está o edifício da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Em segundo plano, pode-se ver uma colina densamente coberta por casas coloridas. O céu está claro e azul.

Foto/divulgação/PMF: Jorge Pires

Oito órgãos, públicos e privados, reuniram-se na terça-feira (26) em prol de uma causa: definir um plano para revitalizar a praça Tancredo Neves, ou praça das Bandeiras, localizada no Centro Florianópolis.

A ideia é deixar o espaço mais aberto, com estacionamento subterrâneo comportando em torno de mil vagas, espaço para instalação de estabelecimentos comerciais e uma concha acústica para apresentações culturais.

Participaram do encontro representantes do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), Prefeitura de Florianópolis, TCE (Tribunal de Contas do Estado), Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), Sesc, FloripAmanhã e dos hospitais Baía Sul e Caridade. Excetuando a FloripAmanhã, todos os demais estão no entorno da praça.

A FloripAmanhã coordena o Revit (Grupo de Trabalho de Revitalização de Espaços Públicos e Meio Ambiente), que pleiteia transformar diversos espaços na Capital.

Após o encontro, foi montado um grupo de estudos com um representante de cada organização para, em 90 dias, formular o futuro da praça Tancredo Neves.

Há quase 10 anos, a prefeitura fez um concurso para escolher um projeto de revitalização da área. A arquiteta Fernanda Menezes, que venceu o certame, apresentou o projeto que prevê as transformações na praça na reunião de terça e suas ideias serão aproveitadas. Agora, a arquiteta reunirá sugestões das entidades e, depois, apresentará a proposta final.

De acordo com a coordenadora de projetos especiais e relacionamento com a sociedade civil da Prefeitura de Florianópolis, Zena Becker, o projeto continua atual.

“Procuramos o TJ para criar esta sinergia com os vizinhos da praça. Como existia esse projeto, apresentamos a todos para uma parceria”, destacou Zena. Ela argumentou, também, que a praça é importante para Santa Catarina.

“O Estado inteiro frequenta aquela vizinhança. Então, não é uma praça só da prefeitura”, enfatizou Zena. “Vamos trabalhar a requalificação urbana, a ocupação do espaço público, em parceria com os vizinhos e, principalmente, a segurança e a saúde das pessoas”, completou.

Órgãos aprovaram projeto base
Para a direção do TJSC, a revitalização da praça atenderá aos anseios das instituições em seu entorno e da comunidade florianopolitana. “É um resgate necessário para trazer mais segurança e convivência social, além da utilidade, sempre bem-vinda, de um novo estacionamento”, disse o diretor-geral administrativo do TJSC, Alexsandro Postali.

Ainda conforme Postali, a transformação planejada contempla importantes eixos norteadores da gestão do TJSC: dimensão humana, perspectiva institucional e relações interinstitucionais.

O diretor-geral da Alesc, André Luiz Bernardi, lembrou que a assembleia chegou a firmar, em 2020, um termo de adoção da praça com a prefeitura, assumindo a manutenção do local.

O acordo não foi renovado, porque a Alesc considerou que estava aportando recurso num espaço em desuso. Presente no encontro de terça, Bernardi ressaltou que a Alesc também quer a revitalização.

“Hoje, quem vem para Alesc se desloca para outros locais do município, porque a praça não tem atrativos. O trabalho que estamos fazendo para tornar a assembleia mais humana e próxima do cidadão passa por ter essa praça melhorada”, afirmou Bernardi.

Embora não tenha estimativa dos custos, havendo a possibilidade legal de alcançar recurso, a Alesc está disposta a ajudar, se enxergar que a revitalização trará benefício à comunidade. Todos os órgãos, a priori, aprovaram o projeto.

Os próximos passos do grupo de trabalho são: estudar os detalhes, avaliar adaptações, levantar os custos e confirmar se os órgãos da vizinhança podem financiar a revitalização.

(ND, 29/07/2022)

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