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Centro de Eventos de Canasvieiras vira elefante branco e aguarda concessão

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 10/05/2022)

O Centro de Convenções Luiz Henrique da Silveira (CELHS), inaugurado em novembro de 2015, em Canasvieiras, virou um “elefante branco”. Esse é o sentimento de parte da comunidade local representada pelo Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha (Codeni). O grupo é composto por aproximadamente 100 entidades sem fins lucrativos. Chama-se em linguagem coloquial de elefante branco uma grande estrutura predial que não está sendo bem aproveitada.

O CELHS possui 17,9 mil metros quadrados e tem capacidade para eventos com até 3,5 mil pessoas e recebeu, à época, investimento total de R$ 86 milhões do Governo do Estado.

— Este local será fundamental para o desenvolvimento econômico, geração de empregos e aproveitamento de um potencial extraordinário que é o turístico, sobretudo na baixa temporada. Na alta temporada, temos boa ocupação, mas é só por três meses. Por isso, precisamos ter alternativas para todo o ano, e essa estrutura vai atrair o turismo de eventos. É um investimento estratégico e que vai produzir um grande resultado — disse o ex Governador Raimundo Colombo, no dia da inauguração, em 2015.

Na noite desta segunda-feira (9), em reunião do Codeni, o ponto central da discussão foi a necessidade de concessão do equipamento e a comunidade saiu frustrada.

— O objetivo deste equipamento era receber congressos, exposições, feiras, shows e outros eventos para fomentar o turismo, gerar emprego, renda e atrair recursos para o município e o Estado de Santa Catarina. Mas até o momento, raros são os eventos ocorrerem no Centro de Convenções de Canasvieiras. Ele se tornou um elefante branco. Precisamos urgente que seja feita a concessão deste espaço à iniciativa privada. Nosso sentimento é de frustração. Nós queremos a concessão ainda este ano e não há previsão. Temos uma mina de ouro e que não está sendo aproveitada — disse o presidente do Codeni, Luiz Cesar Costa.

Participaram da reunião o presidente da Santur, Henrique Maciel e secretário de Infraestrutura (SC), Thiago Vieira. Eles citaram o fato de que é preciso resolver a questão do terreno do equipamento e a situação do Sapiens Parque. Não há previsão para sair a concessão.

Segundo o Diretor de Desestatização e Parcerias de Santa Catarina, Ramiro Zinder, há interesse de fazer a concessão, mas ela não irá ocorrer imediatamente.

— Nós percebemos que o mercado de concessão destes equipamentos não está aquecido no momento, pode mudar até o final do ano e deve aquecer no ano que vem. Temos o maior interesse de fazer a concessão mas não é o momento agora. Estamos acompanhando o mercado. No Espírito Santo e em Pernambuco está ocorrendo o mesmo, o poder público enfrentando dificuldade para fazer a concessão. Não vamos esquecer que no 1° edital do Centro de Eventos de Balneário Camboriú a licitação deu deserta e no 2° houve apenas um candidato — explicou. O ex-presidente do Sindicato de Hotéis de Florianópolis, Estanislau Bresolin, falecido recentemente, disse uma vez em entrevista a este colunista a seguinte frase:

— É muito centro pra pouco evento — sentenciou.

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