A Smart City Expo 2022 aconteceu nos dias 24 e 25 de março de 2022, em Curitiba (PR). Após um bom tempo sem esse evento no Brasil focado em cidades inteligentes por causa da pandemia do Covid-19, havia uma expectativa muito grande.
O evento correu bem, com mais de 10 mil participantes, conforme números apurados pelos organizadores do evento. Foram várias palestras, painéis e workshops, realizados em diferentes locais do evento. Também é importante destacar a presença de muitos prefeitos, secretários e vereadores, de todo o país e de cidades de diferentes portes.
Um dos painéis foi moderado pelo autor deste artigo e tinha o título “Infraestruturas inteligentes: inovação para melhores serviços”. Participaram do debate Antônio Carvalho e Silva Neto, Presidente do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maceió (AL); Carlos Eduardo Cardoso, Diretor de e-City da Enel X; e Jayme de Mattos Leça Filho, Regional Account Manager da Fortinet.
O debate iniciou com uma apresentação realizada por Antônio Carvalho e Silva Neto, mostrando as diversas intervenções realizadas em Maceió unindo os conceitos de Marketing Territorial e Smart Cities. Foi possível perceber que, para a instalação de novos equipamentos turísticos e para prestação de novos serviços na orla de Maceió, foram necessárias diversas intervenções, com destaque para as calçadas, iluminação pública, telecomunicações, energia elétrica, sistema viário e saneamento.
Em seguida, Carlos Eduardo Cardoso ressaltou os desafios em termos de gestão de diferentes infraestruturas com o avanço das ações de Smart Cities. Primeiro há desafios na gestão dos espaços, tanto aéreos (postes) quanto subterrâneos, pois as infraestruturas de energia, telecomunicações, água, pluvial, esgoto, gás, etc. precisam coexistir de maneira organizada. Segundo, é necessário garantir a não interferência e a integração de informações e operações, pois essas infraestruturas são complementares.
Por fim, Jayme de Mattos trouxe um assunto cada vez mais importante: a segurança cibernética das infraestruturas. Nas Smart Cities, a gestão das infraestruturas depende de sistemas de informações conectados pelas redes de telecomunicações, o que traz uma série de pontos importantes a serem considerados em relação à segurança, tanto da disponibilidade dos sistemas quanto da robustez perante invasões e ataques cibernéticos.
Após as apresentações iniciais dos painelistas, foi iniciado o debate. O primeiro ponto debatido foi a importância das cidades terem infraestruturas de alta disponibilidade para que os serviços que provocam a transformação social almejada pelas Cidades Inteligentes realmente possam ser realizados. No entanto, em muitos locais ainda é necessário transpor a antiga mentalidade das “obras enterradas”, já que muitas dessas infraestruturas não são visíveis à população, ao mesmo tempo que suas obras normalmente causam transtornos, especialmente no trânsito. No entanto, são questões que precisam ser tratadas com urgência.
“VONTADE POLÍTICA”: UM DOS PRIMEIROS PASSOS PARA CONSTRUIR CIDADES INTELIGENTES
Também foram debatidos os principais desafios que as cidades precisam enfrentar para que implantem melhores infraestruturas. Os painelistas concordaram que é fundamental haver vontade política de vários órgãos públicos, começando pela Prefeitura, mas incluindo também Câmara de Vereadores e órgãos de controle. Além disso, é importante capacitar os servidores públicos nas cidades, especialmente aqueles envolvidos no desenvolvimento de projetos e na tomada de decisão dos investimentos (os ordenadores primários de despesas). Unindo vontade política com competência para desenvolver bons projetos, também é recomendável ter uma abordagem ecossistêmica, envolvendo outros setores da sociedade. Dessa forma, os investimentos tendem a ser melhores, com processos de contratação e execução mais seguros.
Carlos Eduardo Cardoso reforçou a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e as Concessões como principais formas para a implantação e operação de infraestruturas nas cidades que querem ser mais inteligentes. A partir de questionamento do moderador, ele também destacou que, para os pequenos municípios, é possível realizar PPPs e Concessões de forma consorciada. Ou seja, a união de pequenos municípios em consórcios pode proporcionar as condições necessárias para que esses projetos aconteçam.
Em seguida foram abordadas questões relevantes sobre as operações dessas infraestruturas. Inicialmente foram debatidos os desafios para gerenciar a diversidade de fornecedores e tecnologias, pois cada nova infraestrutura vai se somando às pré-existentes. Jayme de Mattos destacou que essa complexidade cria um potencial cada vez maior de existirem pontos de vulnerabilidade.
Então é fundamental que as Prefeituras criem políticas de segurança que sejam exigidas por todos os fornecedores. Isso é de suma importância porque não apenas páginas da Prefeitura podem ser invadidas; sistemas de gestão de serviços essenciais como por exemplo água, energia e gás podem ser paralisados ou até mesmo sabotados, com grandes riscos para a população.
Para resolver essas questões os painelistas ressaltaram novamente a questão da capacitação dos servidores públicos, questionando também por que quase não se vê mais licitações do tipo “técnica e preço”. Segundo eles, a modalidade de pregão, muito utilizada hoje, não serve para essa finalidade e pode representar riscos para a municipalidade, comprando o “barato que sai caro”.
Assim, o painel trouxe questões que provocaram muitos outros debates durante o evento. Logo após os cerca de 60 minutos de duração do painel, diversos participantes vieram conversar com o moderador e os painelistas, para evoluir os assuntos que foram destacados. Prova de que o objetivo do painel foi alcançado e que eventos como o Smart City Expo Curitiba são muito importantes para o compartilhamento de conhecimentos que podem tornar as cidades brasileiras cada vez mais inteligentes, humanas e sustentáveis.
(SC Inova, 29/03/2022)
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