Programa Mulheres+Tec: Fapesc destina recursos para ampliar liderança feminina em startups
08/03/2022
Data para celebrar as baleeiras de Florianópolis
09/03/2022

Artigo de Zena Becker
Coordenadora do Movimento Floripa Sustentável

Não vou fazer deste artigo o eterno muro das lamentações das desigualdades na participação da mulher na vida pública, na iniciativa privada e em todos os outros setores onde ela é fundamental para que o nosso planeta, o nosso país e a nossa cidade tomem um rumo diferente do que este que infelizmente temos vivido em nossos dias.

Vou, no entanto, apresentar apenas alguns dados para mostrar como nosso país está atrasado: o Brasil perde para quase todos os países da América Latina em percentuais de participação política de mulheres. Temos apenas 15% de mulheres na Câmara dos Deputados. De acordo com a Agência Câmara, “até neste momento difícil do Afeganistão, principalmente para as mulheres e crianças, vemos que lá o Parlamento tem 27% de mulheres”. Em julho, o Brasil ocupava a posição de número 140 no que se refere à participação política feminina, em ranking que contempla 192 países pesquisados pela União Interparlamentar.

São números incontestáveis. Porém, aprendi ao longo de uma vida dedicada a movimentos e instituições em favor daqueles que mais precisam e de uma Floripa mais inclusiva, sustentável e preservada, que a luta para atingir esses objetivos deve ser focada no lugar onde a gente vive. Precisamos unir as mulheres da nossa cidade – lideranças políticas, representantes de movimentos e entidades, empreendedoras e mães.

Um primeiro passo é fazer uma sabatina com o próximo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, que assume a partir de abril. Quais serão as políticas públicas e ações que vão ao encontro da pauta das mulheres? Esta é a questão a ser colocada. E, é claro, levaremos ao atual vice-prefeito uma série de sugestões em relação a essa pauta, com medidas de curto, médio e de longo prazo.

Sobre políticas públicas, meu posicionamento é em favor de que elas sejam duradouras, ou seja, não tenham como horizonte apenas os próximos dois anos de mandato do prefeito. É preciso que elas sejam implementadas e que nós, mulheres, cobremos um compromisso daqueles que se candidatarem para que deem continuidade – mesmo que sejam de outro partido ou ideologia.

Tenho a mais absoluta convicção de que as mulheres de Floripa conseguirão obter uma pauta que venha ao encontro de seus desejos e que possa beneficiar toda a cidade. Afinal, o futuro da vida “sempre foram elas”.

(ND, 08/03/2022)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *