Nesta nova edição do Participa Floripa, o valor destinado para os projetos de iniciativa popular será de aproximadamente R$ 15 milhões e irá beneficiar investimentos em todas as regiões da Capital.
Esse pacote de propostas por meio da participação popular decorre da Lei de Política Participativa (Lei Municipal 10.461/2018), que permite à sociedade eleger, todos os anos, as principais demandas relacionadas a cada região da cidade. Isso é feito por meio dos chamados Conselhos Regionais de Desenvolvimento e a capital catarinense possui cinco deles, um para cada região: Centro (Codecen), Norte da Ilha (Codeni), Leste da Ilha (Codeli), Sul da Ilha (Codesul) e Continente (Codecon).
Cerca de 300 entidades sem fins lucrativos fazem parte desses conselhos e participam do processo, sugerindo investimentos para a cidade. São associações de moradores, conselhos comunitários, associações de pescadores, entidades de classe, esportivas, sociais, empresariais e econômicas, entre outros. A Associação FloripAmanhã integra três deles. Também é papel dos conselhos acompanhar e fiscalizar a execução dessas demandas.
Os R$ 15 milhões direcionados pela prefeitura aos projetos de participação popular em 2023 serão distribuídos entre os cinco conselhos. A quantia difere para cada um, pois depende do valor correspondente a até 5% do IPTU recolhido na região de abrangência de cada conselho. Esse valor deve ser divulgado pela prefeitura no dia 1 de julho, o que ajuda a determinar quais e quantos projetos poderão ser selecionados para execução em 2023.
Em 2021, 58 projetos foram selecionados por meio de participação popular e estão aptos para execução este ano – 10 deles propostos pela Associação FloripAmanhã. Alguns já começaram, outros já foram até concluídos. Para acompanhar a execução, os conselhos e a prefeitura estão organizando um grupo de trabalho que deve elaborar um controle transparente sobre o andamento de cada obra. Essa ferramenta será divulgada em breve.
O processo de escolha e aprovação de cada projeto feito pelos Conselhos de Desenvolvimento precisa seguir os trâmites e requisitos que estão previstos na Lei de Política Participativa (Lei Municipal 10.461). Os conselhos devem, por exemplo, realizar reuniões abertas ao público, divulgar o encaminhamento de todas as etapas em redes sociais e permitir a votação popular, entre outras determinações.
Quando o prazo para inscrever os projetos se encerrar, o cronograma do Participa Floripa prevê a realização de duas assembleias gerais. Na primeira, marcada para os dias 14 a 22 de abril, a depender do calendário de cada conselho (veja abaixo), os integrantes farão uma análise de todos os projetos apresentados e pré-selecionarão até 30 deles para a próxima fase do projeto – em que a prefeitura analisa cada uma das propostas e levanta o valor necessário para execução e o tempo de duração da obra ou serviço.
Na segunda assembleia, já de posse dessas informações sobre o valor e o tempo de execução, os conselhos farão nova votação – desta vez, para escolher quais serão incluídos no orçamento municipal para 2023. Isso deve acontecer entre os dias 7 e 18 de julho, também a depender do calendário de reuniões de cada conselho.
Depois de votada, a relação de demandas aprovadas em cada conselho é encaminhada para a prefeitura, que dá início a uma fase de habilitação das propostas à lei. A ideia, aqui, é verificar se os requisitos determinados pela legislação foram respeitados ao longo de todo o processo.
Segundo o Superintendente das Relações Comunitárias da Prefeitura de Florianópolis, Milton Weber Filho, a fase de habilitação é a forma do poder público garantir se a escolha e aprovação das demandas são, de fato, frutos da participação popular e não de interesses particulares. Por isso, a prefeitura se limita apenas a confirmar se não existe alguma questão de ordem legal que poderia impedir os projetos de serem incluídos no orçamento municipal.
Depois que isso acontece, a relação é encaminhada à Câmara de Vereadores que faz a aprovação final. E, enfim, a relação de projetos oriundos da iniciativa popular é incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O modelo de política participativa adotado em Florianópolis torna a capital catarinense uma referência para o Brasil. É o primeiro município do país a ter algo assim, inclusive regulado por lei (cujo projeto foi escrito pela própria sociedade organizada). Em 2019, a Lei de Política Participativa aprovou o primeiro orçamento participativo da cidade, elegendo 71 projetos escolhidos pela própria comunidade.
Embora o prazo para inscrição dos projetos só tenha sido aberto em 7 de março, o levantamento de demandas a serem propostas não começou agora. Trata-se de um trabalho permanente, que envolve pessoas que estão constantemente de olho nas demandas e necessidades de cada região da cidade.
Segundo o consultor Otávio Ferrari Filho, integrante da Associação FloripAmanhã e representante da entidade no conselho da Região Sul (Codesul), há, basicamente, duas formas de identificar essas demandas. Uma delas é a partir das notícias de jornal que, volta e meia, costumam trazer situações interessantes a serem propostas. Outra é a partir do olhar dos próprios integrantes dos conselhos, que vivem a realidade de cada bairro e sabem o que é necessário a cada momento.
Os representantes da Associação FloripAmanhã no Conselho do Centro (Codecen), por exemplo, identificaram uma das demandas a serem propostas este ano por meio de um grupo de WhatsApp que mencionou o abandono de dois canhões do antigo Forte São Francisco Xavier, construído entre 1761 e 1765 onde, hoje, fica a Praça Esteves Júnior. Alguns conselheiros da Associação FloripAmanhã foram até o local conferir a informação e identificaram a sua veracidade. “Este é o tipo de situação que nos interessa e interessa à cidade, tanto em relação a questões históricas, quanto turísticas. Muito provavelmente deve entrar na pauta das sugestões da FloripAmanhã a serem propostas no Participa Floripa”, explica.
As principais etapas do processo que envolve a sugestão de demandas populares a serem incluídas no orçamento municipal de 2023 estão baseadas nos requisitos dispostos pela Lei Municipal 10.461/2018. Para este ano, o calendário está baseado nas seguintes datas:
7 de abril – encerramento do prazo para sugestão de projetos
11 de abril – publicação dos projetos apresentados
14 a 22 de abril – Assembleia Geral 1
28 de abril – entrega dos projetos pré-selecionados à prefeitura
1 de julho – levantamentos da prefeitura em relação aos valores e tempo de execução da obra de cada projeto pré-selecionado
4 de julho – publicação do levantamento realizado pela prefeitura
7 a 18 de julho – Assembleia Geral 2
7 a 18 de julho – início do processo de habilitação dos projetos escolhidos com base nos requisitos da lei
25 de agosto – entrega da relação final dos projetos escolhidos à prefeitura
A definir – envio dos projetos escolhidos à Câmara de Vereadores
A definir – aprovação oficial da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023
Quem tiver interesse de participar das reuniões e acompanhar todo o processo pode entrar em contato com os Conselhos de Desenvolvimento da região onde mora. Outras informações podem ser obtidas no site do programa Participa Floripa.
Essa iniciativa voluntária, de caráter apartidário, plural e ecumênico, é voltada à promoção dos compromissos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Composto por mais de 500 signatários e presente em 54 municípios, o movimento atua por uma sociedade inclusiva, ambientalmente sustentável e economicamente equilibrada. Várias ações desenvolvidas pela FloripAmanhã estão diretamente vinculadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
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