O I Encontro Internacional de Territórios Criativos para o Desenvolvimento Sustentável aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro e buscou dar visibilidade e potencializar esta tipologia urbana, que ganha cada vez mais espaço no mundo.
Territórios criativos são espaços que sofreram transformações em sua aparência e ganharam uma estética diferenciada, promovendo um espaço urbano vibrante, dinâmico e capaz de estimular a criatividade e o interesse das pessoas que ali circulam. O resultado disso é visível: ambientes assim ajudam a valorizar a identidade de uma região, facilitam a formação de ecossistemas, permitem a identificação e aproximação dos atores da economia criativa e potencializam a criatividade e os processos de inovação. Além disso, ainda são capazes de contribuir diretamente para o desenvolvimento econômico local.
O evento reuniu 20 especialistas renomados no assunto, que abordaram o desenvolvimento dos territórios criativos em diferentes locais do mundo, apresentando cases nacionais e internacionais. A ideia foi discutir como a criatividade pode transformar esses territórios e levar as cidades e regiões a um novo patamar de negócios.
Os destaques da programação foram o professor Andy Pratt, especialista em indústrias culturais internacionalmente aclamado e criador de definições culturais usadas como medidas padrão pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pela UNESCO, e a economista Edna dos Santos-Duisenberg, diplomata aposentada da ONU, assessora política de economia criativa e desenvolvimento e criadora do banco de dados global de Economia Criativa da UNCTAD que divulgou as primeiras estatísticas sobre o comércio mundial de bens e serviços criativos.
Até o início de novembro, mais de 350 pessoas já estavam com a participação confirmada no evento.
Ao longo de todo o ano de 2021, uma série de lives antecederam o I Encontro Internacional de Territórios Criativos para o Desenvolvimento Sustentável. A ideia era fomentar o debate envolvendo os territórios criativos e também celebrar o Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável, promovido pela ONU em conjunto com 82 países.
Segundo a coordenadora do evento, Clarissa Stefani Teixeira, e líder do grupo de pesquisa VIA Estação Conhecimento, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a economia criativa é uma das que mais crescem no mundo.
“Acredito que existe um potencial de atuação dos diversos atores para disseminar a economia criativa e o desenvolvimento de territórios criativos. Isso é muito importante para o momento atual, que vive uma retomada econômica e que desafia o setor para reestabelecer o seu desenvolvimento, não apenas individual, mas também organizacional”, diz.
O I Encontro Internacional de Territórios Criativos para o Desenvolvimento Sustentável foi uma promoção do grupo VIA Estação Conhecimento e da UrbsNova, gestora do Distrito C, distrito criativo de Porto Alegre. A Associação FloripAmanhã foi apoiadora do evento.
O evento internacional também vai servir como suporte para as próximas ações da Rede de Economia Criativa de Florianópolis (REC Floripa).
Segundo um dos membros do grupo e conselheiro da Associação FloripAmanhã, Otávio Ferrari Filho, os territórios criativos são, hoje, o principal instrumento para atrair os atores do setor, o que abre espaço para o desenvolvimento da economia criativa. Os dois conceitos, portanto, estão diretamente interligados e andam lado a lado.
Por isso, os membros do grupo pretendem se reunir em um workshop assim que a programação encerrar, no dia 19. A ideia é analisar tudo que foi apresentado no evento, principalmente a forma como as outras regiões do mundo estão procedendo em relação à economia criativa. Com essas informações, o grupo pretende alinhar as estratégias para as próximas fases de trabalho.
“A economia criativa é uma realidade em Florianópolis, mas não está organizada. Há muitas atividades isoladas promovidas pelos diferentes atores que integram essa rede, mas a representatividade desse setor para a cidade pode ser muito maior se eles agirem de forma integrada. Por isso, acreditamos que esse evento pode trazer alguns insights interessantes para aquilo que estamos propondo para a Capital”, afirma Otávio.
A REC Floripa surgiu na capital catarinense como um grupo de instituições interessadas em direcionar ao poder público iniciativas e conteúdos voltados para o desenvolvimento da cidade. O grupo se propõe a ser um espaço de troca de informações e fomento de um crescimento sustentável de Florianópolis. Veja as entidades participantes da REC Floripa:
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Essa iniciativa voluntária, de caráter apartidário, plural e ecumênico, é voltada à promoção dos compromissos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Composto por mais de 500 signatários e presente em 54 municípios, o movimento atua por uma sociedade inclusiva, ambientalmente sustentável e economicamente equilibrada. Várias ações desenvolvidas pela FloripAmanhã estão diretamente vinculadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
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